O guarda civil municipal de Santos, no litoral de São Paulo, filmado matando a própria cadela com tiro após acariciá-la em São Vicente, foi aprovado para o cargo de investigador em um concurso da Polícia Civil do Estado de São Paulo, segundo apurado pelo g1. A Prefeitura de Santos informou o afastamento do profissional até o fim da investigação.
Por meio do advogado, o guarda municipal informou que a cadela, da raça pitbull, sempre teve comportamento estranho. Ao g1, ele encaminhou imagens de monitoramento que registraram o pai dele sendo atacado pelo animal, o que teria motivado a execução.
O nome do guarda municipal consta na classificação final do concurso da Polícia Civil, que foi divulgada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 9 de novembro de 2023. Apesar disso, o advogado dele, Felipe Pires de Campo, diz que guarda ainda não iniciou no cargo.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) para verificar a situação do guarda em relação à aprovação, por conta das investigações envolvendo a morte do animal, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Entenda o caso
A morte da cadela ocorreu no bairro Beira Mar, em São Vicente. As imagens das câmeras de monitoramento mostram o guarda em uma motocicleta com o animal no colo. Ele chegou a olhar para os lados antes de disparar contra o animal, usando uma arma particular, segundo a prefeitura. Após o tiro, a cadela cai na rua ).
As imagens ainda mostram que ele deixou o local de moto. Passado um tempo, o guarda voltou à cena do crime, se agachou em frente ao animal. Nessa hora, moradores aparecem para ver o que havia acontecido. Quando as pessoas deixam o local, ele se levanta e volta com um saco. Ele embrulha o animal e o arrasta para a calçada.
Policiais do 2ºDP receberam denúncias e registraram um boletim de ocorrência sobre o caso. No documento, há a informação que os agentes conversaram com a mãe do guarda. Ela contou que a cadela foi executada após ter atacado ela, com mordidas na perna e no braço, e o marido, na barriga.
Diante disso, ela contou ter chamado o filho, que matou o animal com disparo de arma de fogo. De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais civis verificaram que os pais do guarda estavam com curativos devido ao ataque.
O guarda também esteve na delegacia três dias após o crime. Ele prestou depoimento e apresentou registros de atendimentos médicos prestados aos pais. Ele foi liberado por falta de flagrante.
O guarda contou, por meio de nota enviada pelo advogado Felipe Pires de Campos, que recebeu uma ligação da mãe desesperada, pois o animal havia atacado o pai. “Depois ligou novamente falando que ela também estava ferida”.
“Tentamos de tudo para que ela fosse uma cadela tranquila: floral, adestramento e castração, tudo com indicação de profissionais. A cachorra sequer saia para rua porque se transformava quando colocava a guia, atacava tudo e todos”, disse o GCM.
O guarda municipal afirmou que, ao chegar em casa, viu o quintal cheio de sangue. “Fiquei paralisado, em estado de choque ao ver isso. Não sabia como ir atrás da cadela, que estava ainda surtada, mas como ela fugiu fiquei com medo de vitimar mais alguém”.
A cadela teria fugido e ele afirmou ter ficado com medo de que mais alguém fosse ferido. “A encontrei a algumas ruas ainda com comportamento estranho, trouxe ela no colo, porém vi que ela não estava em seu comportamento ‘normal’, ela iria acabar matando mais alguém naquele estado”.
Ele disse, ainda, que se viu sem opção e resolveu proteger outras pessoas de problemas. “Estou muito triste com tudo isso e não queria esse final. […] Não quero ser condenado antecipadamente pela população como em outros casos. Prestei minhas declarações e entreguei minha arma às autoridades policiais”.
O advogado de defesa do guarda, Felipe Pires de Campos, afirmou que está à disposição da Justiça para esclarecer o que for necessário. “Principalmente não ser condenado antecipadamente pela internet como em tantos casos que temos visto por aí”.
Afastado
Em nota, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Segurança, informou ser contrária a qualquer ato de crueldade contra animais. O Executivo ressaltou que o guarda municipal responderá um processo disciplinar, conforme rege o Estatuto do Servidor de Santos, e estará sujeito a penalidades que podem culminar na exoneração do cargo, conquistado em concurso público.
A administração municipal ressaltou que o investigado nunca usou armamento no exercício das funções, pois não tem autorização da GCM. O caso será acompanhado pela Corregedoria.
O caso foi registrado como crime ao meio ambiente – prática de ato de abuso a animais no 2° DP de São Vicente, onde é investigado.
Fonte: g1
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