Mariana Dandara | Redação ANDA
Foto: Reprodução/NSC TV
Uma moradora da cidade de
Chapecó, em Santa Catarina, foi indiciada pelo crime de maus-tratos a animais
após rir ao ver sua cadela tomar choque em uma cerca elétrica. Um vídeo que
registra a cena foi divulgado nas redes sociais. Com a repercussão, a 3ª
Delegacia de Polícia Civil de Chapecó tomou conhecimento do caso e iniciou uma
investigação.
De acordo com os investigadores,
a cerca foi instalada pela mulher para impedir que duas cadelas que vivem no
local tivessem acesso à casa. Para a polícia, o ato de instalar a cerca
configura crime de maus-tratos, mesmo que a defesa alegue que a mulher não teve
a intenção de ferir os cães.
Na última terça-feira (23), a
tutora dos animais esteve na delegacia para prestar depoimento e afirmou que a
intensidade da corrente elétrica era baixíssima e que ela não imaginava que o
choque poderia submeter a cadela a sofrimento. Por meio de nota, a defesa da
investigada argumentou que ela seria incapaz de maltratar um animal e que
resgatou as cadelas da rua há duas semanas. Disse ainda que os animais entravam
na casa e sujavam o chão fazendo suas necessidades e, por isso, a mulher
comprou uma cerca específica para cães pequenos que, segundo informações
técnicas do produto, não agrediria e nem prejudicaria a saúde das cadelas. O
comunicado informa também que a cadela que tomou choque não sofreu nenhum dano.
No vídeo divulgado nas redes
sociais, a investigada diz “agora eu quero ver quem é que vai vim sujar minha
calçada”. Em seguida, a cadela se aproxima, toma um choque ao encostar na cerca
e foge assustada. A tutora, então, dá risada e afirma: “É assim, gente. Elas
tomam choque uma vez só. Vou deixar ligado uns três dias. Depois vou deixar só
o fio, que elas não sobem”.
O delegado responsável pelo caso,
Danilo Fernandes, informou ao G1 que o inquérito policial já foi concluído. “A
conduta da investigada, embora ela tenha alegado que não tenha feito com a
intenção de causar lesão ou trauma no animal, entendeu-se que a conduta dela
foi desproporcional. Foi concluído o inquérito policial, que foi verificado que
teriam ocorrido crimes de maus-tratos na forma qualificada. É um crime com pena
de reclusão de 2 a 5 anos. Também pode ser aplicada multa e proibição de
guarda”, explicou.
Com a conclusão do inquérito, o
caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para que a promotoria decida se um
processo deve ser aberto. Não há prazo, porém, para que os promotores tomem
essa decisão.
Fonte: anda.jor.br
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