Três homens invadiram o abrigo de animais Le Refuge Terrabella, na ilha de Djerba, na Tunísia, e mataram 22 cães, deixando outros 40 feridos, depois de os atacarem e torturarem durante a noite de 23 de junho. A proprietária do local é Tiziana Gamannossi, que fotografou o resultado do massacre.
A
ONG de defesa dos animais Rescue Animals North Africa (RANA), que salvou os 40
cães que ficaram vivos, relatou que o grupo terá torturado os animais com
pregos nos olhos, dando-lhes lixívia a beber e espancando-os. Os criminosos já
foram detidos, mas saíram em liberdade, relata o “Daily Mail“, depois de vários locais, que apoiaram o
massacre, alegarem que a mulher não vacina e esteriliza os animais, vendo
este ataque como uma forma de pressão sobre as autoridades.
“Há uma falta de educação generalizada, veem os animais como
vermes, ratos de esgoto”, disse Florence Heath, da RANA, que considera que
a legislação no que se refere à proteção e direitos dos animais é fraca.
Antes do ataque, Tiziana tinha 120 cães neste abrigo. Muitos
fugiram depois de uma multidão com cerca de 100 pessoas, alegadamente armadas
com paus e machados, ter-se dirigido ao local, ameaçando matar os animais que
restavam, depois de voluntários terem chegado para ajudar.
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“Vieram voluntários de Tunis ara ajudar os cães que restaram,
portanto os locais pensaram ‘vamos mostrar-lhes que falamos a sério'”, explicou
Florence Heath.
Um tunisiano explicou ao “MailOnline” que os animais não foram
esterilizados e que foram deixados à sua própria sorte na praia para
onde Tiziana Gamannossi os terá atraído. “Os problemas com os cães existem
há, pelo menos, dois anos”, disse. “[Tizana] fica com os cães, mas
não tem um abrigo, não tem uma associação. Eles não estrelizam ou vacinam os
cães. Os cães ficam por conta própria.”
A dona do abrigo nega toda as acusações, afirmando que os cães
eram vacinados. No entanto, o proprietário de outro refúgio de animais na mesma
ilha disse que os cães eram seus e que a mulher terá usado os animais para
criar cachorrinhos para vender.
Por Ana Luísa Bernardino
Fonte e foto: MAGG
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