Para ajudar cães e gatos abandonados ou perdidos, a porteira Maria Cristina Damázio faz fotos de animais que encontra pelas ruas e divulga nas redes sociais. Segundo ela, o mapeamento serve para encontrar pessoas interessadas em adotar e até mesmo localizar os tutores que perderam seus bichinhos, em Senador Canedo, Região Metropolitana da capital. Além disso, a porteira carrega ração para alimentar os animais e já deixou até uma caixa de papelão em uma praça para abrigá-los.
“Eu sempre carrego na bolsa ração para alimentar cães e gatos de rua que encontro. Faço isso por amor aos bichinhos, e também como uma forma de conscientização e incentivo, tanto para a adoção quanto para o cuidado com esses animais abandonados”, conta.
Maria conta que tem o costume de andar de bicicleta e de ônibus,
e acaba vendo muitos animais abandonados pelo caminho. Há 5 anos, ela começou a
fotografar os animais pelas ruas da cidade para divulgar nas redes sociais.
“Eu tiro fotos dos animais e
divulgo nos grupos de WhatsApp que eu tenho aqui da cidade e também no meu
perfil. Graças a Deus, já perdi até as contas de quantos animais foram
encontrados e até mesmo adotados”, conta ela.
Além de tirar fotos dos animais, Maria escreve mensagens de
conscientização, como: “O frio está chegando, cuide dos animais de rua”.
Abrigo improvisado
Maria abriga, na própria casa, quatro cães, sendo que um deles está aguardando
ser adotado.
“Eu gostaria muito de conseguir abrigar mais cães aqui em casa,
mas infelizmente não tenho condições financeiras, moro de aluguel e faço o que
posso para tentar ajudá-los de alguma forma. Coloco caixa de papelão nas praças
para eles se abrigarem à noite, espalho mensagens de conscientização quando o
frio está perto ou até mesmo de adoção. Uma vizinha me ajuda, tem a dona de uma
loja que deixa três cães na porta, que aguardam adoção, e assim vamos fazendo”,
conta.
Segundo Maria, seu grande desejo é conseguir castração gratuita
para todos os animais de rua, principalmente para cachorros e gatos machos.
“Eu até choro de tanta dó que eu sinto dos bichinhos. Já fiz até
uma poesia pelo sofrimento da Pipoca, uma das cachorrinhas que encontrei.
Queimaram os filhotes dela no bairro São Francisco I, aqui em Senador Canedo.
Depois de saber dessa história, eu a levei pra minha casa, vi que estava
‘prenha’, cuidei dela e dos quatro cachorrinhos que nasceram. Eles já foram
adotados”, relata.
Seleção para doar
A porteira faz uma seleção antes de doar os animais.
“Já apareceu gente para adotar, mas peguei de volta por não
cuidar direito. Queriam a cachorra para ficar em um galpão ou em uma chácara,
lá ela ficaria sozinha por dias. Eu faço seleção para quem realmente ama de
coração. Eu acredito que Deus, no futuro, trará benção e paz para todos os
animais e ninguém mais vai fazer dano a eles”, diz.
Fotos: María Cristina/Arquivo Pessoal
Por Vanessa Chaves
Fonte: G1
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