Artistas estão se mobilizando nas redes
sociais contra a exploração de cavalos em charretes no Centro Histórico de
Petrópolis, no Rio de Janeiro. A manutenção ou extinção do uso desses veículos
de tração animal será decidida em um plebiscito realizado durante as eleições,
no próximo domingo (7). As atrizes Nathalia Dill, Heloísa Perissé, Betty
Gofman, Paula Burlamaqui e Letícia Spiller e os atores Otávio Muller e Rômulo
Arantes Neto se posicionaram, em vídeo, contra as charretes e pediram a
substituição desses veículos por carros elétricos, a exemplo do que foi feito
na Ilha de Paquetá.
No domingo, ao participar das
eleições, o morador de Petrópolis decidirá, primeiro, em quais candidatos
votará e, em seguida, responderá à seguinte pergunta: “você é a favor ou contra
o uso de tração animal nos passeios turísticos realizados pelas charretes no
município de Petrópolis?”. O eleitor terá que optar por digitar o número 1, a
favor da exploração animal, ou o número 2, contra. O resultado será divulgado
junto com o das eleições. Os 243.659 eleitores da cidade decidirão sobre o
destino de 39 cavalos explorados para puxar as 13 charretes cadastradas na
prefeitura.
Em vídeo, Paula Burlamaqui lembra que
o fim da tração animal não vai acabar com o turismo, que será feito por meio de
carros elétricos. “A diferença é que os cavalos vão poder finalmente
descansar”, explica. As informações são do portal O Globo.
A ONG Fórum Nacional de Proteção e
Defesa Animal já se dispôs a abrigar os cavalos e dar a eles os cuidados
necessários caso a tração animal venha a ser proibida em Petrópolis. Um
documento assinado entre a entidade e o presidente da Comissão de Proteção e
Defesa dos Animais da OAB-RJ, Reynaldo Velloso, estabeleceu as
responsabilidades nos resgates dos animais, incluindo o compromisso da ONG de
receber os animais e oferecer a eles acompanhamento veterinário, boa
alimentação e espaço adequado. Segundo Elizabeth MacGregor, diretora da
entidade, o movimento contra o sofrimento e a exploração dos cavalos tomou
grandes proporções.
“A tração, principalmente em local
com paralelepípedos, é mais lenta e provoca um trânsito imenso na região. Sem
contar que os animais ficam expostos à chuva e ao sol constantemente. Há ainda
questões do peso sobre as charretes”, explica MacGregor, que lembra que as
charretes são consideradas patrimônio da cidade, mas apenas o veículo, os
animais, não.
“Estamos no século XXI, não pode mais
haver transporte urbano com uso de tração animal. Aqueles cavalos nunca são
aposentados. Se quebram uma perna, são mortos”, reforça.
A Coordenadoria de Comunicação Social
da Prefeitura de Petrópolis divulgou nota por meio da qual afirmou que aguarda
o resultado do plebiscito e explicou que se a maioria simples votar contra a
tração animal, as charretes não poderão ser substituídas de imediato, sendo
necessário um projeto de lei da Câmara dos Vereadores após o resultado.
O plebiscito foi uma iniciativa do
vereador Reinaldo Meirelles (PP), que em fevereiro de 2017 protocolou um
projeto de resolução na Câmara Municipal de Petrópolis por meio do qual
solicitou a realização da votação. A proposta foi aprovada na Casa e sancionada
pela prefeitura.
(Foto: Fábio Seixo / Agência O Globo)
Fonte: anda.jor.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário