Na semana de defesa à fauna, a Associação Amigos do
Peixe-boi (Ampa) realizou na Escola Estadual Nilo Peçanha, no Centro de Manaus,
uma ação ambiental dentro da campanha “Peixe-boi sem nome não tem graça”. Após
uma semana de pesquisa-ação intensa, os alunos da escola apresentaram os
trabalhos com a proposta de nomes para os jurados com exposições e explicações
sobre o tema.
Os quatro nomes escolhidos são: quarto lugar, Uyara
Marruá; terceiro lugar, Pirá Porã, segundo lugar, Ajuricaba; e primeiro lugar,
Iúna. Na escolha dos nomes, os jurados analisaram não apenas a criatividade e
engajamento, mas o resultado da pesquisa como forma de aprendizado sobre a
biologia e ecologia do peixe-boi, bem como o uso de materiais reciclados
utilizados na exposição da apresentação.
Seguindo o calendário ecológico desenvolvido pelo
programa de Educação Ambiental da Ampa para promover ações nas datas que
remetem à proteção aos ecossistemas e mamíferos aquáticos da Amazônia, a
educadora ambiental da Associação, Jamylle de Souza, esclarece a estratégia
ambiental em atuar juntos às escolas para possibilitar a formação de
multiplicadores amigos do peixe-boi.
“As escolas não são apenas o futuro, são também o
presente e por isso precisam e podem atuar nas causas ambientais. O primeiro
passo para o lançamento desta campanha ‘Peixe-boi sem nome não tem graça’ em
Manaus foi dado pela escola quando contemplou mais de 300 alunos em uma visita
ao Inpa, onde puderam conhecer um pouco sobre o Projeto Mamíferos Aquáticos da
Amazônia, que é executado pela Ampa e patrocinado pela Petrobras”, explica a
educadora.
Para a coordenadora de educação ambiental da
Secretaria de Educação do Estado (Seduc), Thelma Prado, vivencias como estas
são essenciais para um aprendizado efetivo. “É muito importante esse
protagonismo juvenil, são eles que mais devem estar atentos a nossa flora e
nossa fauna e essas ações possibilitam despertar o lado ambiental de cada um”,
comenta.
De acordo com biólogo Diogo de Souza, um dos
jurados da Campanha, que é responsável pelo Programa de Reintrodução do
Peixes-bois do projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, a atividade
possibilitou um ganho significativo para ajudar na conservação da espécie. “É
muito bom ver o empenho dos alunos em aprender mais sobre a biologia do
peixe-boi, com essa campanha tenho certeza que ganhamos novos parceiros na luta
para conservação da espécie”, disse.
Para o diretor da escola estadual, David Miranda
Martins, ver o engajamento dos professores e alunos é a maior recompensa.
“Desde sempre eu fui defensor das causas ambientais e agora como gestor
participar dessas atividades, sinto como se agora eu tivesse colhendo tudo o
que plantei vendo todos envolvidos em prol das causas ambientais”.
Programa de Reintrodução
Os quatro peixes-bois que ganharam nomes, após a
campanha educativa, foram transferidos dos tanques do Inpa, onde foram
reabilitados, para um lago de semicativeiro em Manacapuru. “Lá os animais vão
se ambientar à natureza para conseguir sobreviver quando for realizada a etapa
de soltura aos rios”, explica o responsável pelo Programa, o biólogo Diogo
Sousa.
O semicativeiro está localizado na Fazenda Seringal
25 de Dezembro, no quilômetro 74, na área rural de Manacapuru, no ramal do Lago
do Calado. No local, ainda segundo Souza, que é mestre em em Biologia de Água
Doce e Pesca Interior pelo Inpa, os peixes-bois têm a oportunidade de entrar em
contato com outras espécies como peixes e quelônios, além de explorar o
substrato e a superfície do lago à procura de alimento.
*Com informações da assessoria de imprensa
Fonte E FTO: A Crítica
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