Imagens
perturbadoras de três leões mutilados na África do Sul foram divulgadas para
destacar uma série devastadora de crimes provocados devido à magia negra.
Os caçadores
envenenaram os grandes felinos em seu recinto, cortaram as cercas e depois
decapitaram os animais e cortaram suas patas.
Aparentemente, as
cabeças e patas de leões são usadas em rituais de magia negra ou ‘muti’ e
oficiais da unidade especialista em crimes ocultos da África do Sul têm mantido
contato com o responsável pelos animais, Andre De Lange.
Ele encontrou os
belos animais ao amanhecer e ficou absolutamente perturbado. É a segunda vez
que De Lange, um fazendeiro que também administra um parque que explora leões
visitados por turistas, viu um ataque como esse.
Em 2016, três
felinos foram mortos e decapitados de maneira similar e vários leões e dois
tigres também foram mutilados.
“Meus pobres
animais, eles não receberam nenhuma dignidade. Sofreram mortes curtas, muito
dolorosas e, em seguida, foram apenas cortados em pedaços. Disseram-me que suas
cabeças e patas provavelmente passarão por uma fronteira – possivelmente para
Moçambique ou para além do mar”, disse Lange.
O terrível ataque
aconteceu no Letaba River Lodge, fora de Tzaneen, na província do Limpopo, não
muito longe da fronteira com o Zimbábue e Moçambique.
Moradores locais
acreditam que os caçadores estavam trabalhando para um cliente, talvez de
outro país africano, pois há uma alta demanda por poções de feitiçaria em todo
o continente.
Entretanto, é
possível que as partes dos corpos dos animais tenham sido roubadas por ordem de
um colecionador de má reputação no Extremo Oriente.
“Eles foram mortos
por causa de uma ordem, aparentemente cabeças de leão e patas são consideradas
muito poderosas na medicina tradicional. O que está acontecendo agora com os
animais na África do Sul devido à caça é simplesmente devastador e não parece que
ninguém poderoso está preparado para fazer algo a respeito”, afirmou Lange.
“Foi tão horrível a
primeira vez em que os leões foram mortos desta maneira, mas agora sinto
vontade de não me envolver mais com a vida selvagem”, adicionou.
De Lange, que não
conseguiu impedir que seu filho de 10 anos testemunhasse a terrível cena dos
assassinatos, disse que os caçadores ultrapassaram de algum modo seu
sofisticado sistema de alarme e os guardas armados que patrulham sua
propriedade à noite.
“Depois, perdi os
últimos leões, eu costumava trazer esses felinos para um recinto menor durante
a noite para oferecer proteção. Há muito dinheiro oferecido para fornecer
informações privilegiadas sobre como passar pela segurança e há grandes
recompensas financeiras para os caçadores. Este é um negócio realmente grande,
dinheiro sério está envolvido”, contou.
Os leões, que
tinham entre quatro e seis anos, eram vendidos por £ 22.000 para os maiores
parques safári na África do Sul, onde as populações da espécie estão
diminuindo.
Hoje, há menos de
20 mil leões africanos na natureza, uma diferença gigantesca em comparação com
os 200 mil que existiam nos anos 60.
Comerciantes
regionais venderam os esqueletos de 4.981 leões selvagens e cativos para a
Tailândia, Laos, Vietnã ou China entre 2008 e 2014.
A medicina
tradicional é comum na África do Sul e geralmente envolve ingredientes inofensivos,
como plantas. Porém, também têm ocorrido regularmente casos envolvendo partes e
órgãos de corpos humanos nos últimos anos. A província de Limpopo registrou 250
assassinatos relacionados à bruxaria em um único ano.
O tenente-coronel
Moatshe Ngoepe se recusou a dizer se havia uma ligação entre as mortes de leões
e feitiçaria, mas relatou: “Existe um modus operandi semelhante entre as mortes
de leões no ano passado em nossa província e o caso mais recente. Uma caçada
está em andamento, mas nós não estamos considerando qualquer motivo para o
crime no momento “, disse ele ao Daily Mail.
Fonte : anda.jor.br (
foto: AP )
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