Um filhote
de onça pintada que morreu no Refúgio Biológico Bela Vista, mantido pela Usina
de Itaipu, em Foz do Iguaçu, pode ter sido vítima dos fogos de artifício. Essa
é uma das hipóteses levantadas pelo médico veterinário do Refúgio, Wanderlei de
Moraes.
O filhote
havia nascido no diz 28 de dezembro e foi encontrado morto no dia 1º de
janeiro. Segundo o veterinário, uma das hipóteses é que a mãe, ainda sem
experiência em cuidar dos filhotes, tenha se deitado em cima de um deles. Outra
teoria é que a mãe tenha tentado proteger os recém-nascidos do barulho dos
fogos, na virada do ano, deitando sobre eles.
A
onça-pintada teve ainda outro filhote fêmea, que sobreviveu e, nesta semana,
passou pela primeira pesagem no refúgio. O filhote pesa 2,6 kg, dentro do
previsto pelos profissionais do Refúgio.
O
nascimento, inédito no local, ocorreu três meses após aproximação entre o macho
Valente, morador antigo do refúgio, e a fêmea Nena, recém-chegada de uma
fazenda na divisa entre Mato Grosso do Sul e Goiás.
O filhote
é melânico como a mãe, ou seja, tem a pigmentação negra em função da quantidade
de melanina. De acordo com o médico veterinário do RBV, Wanderlei de Moraes, o
filhote está saudável, com os olhos abertos e respondendo bem aos estímulos.
Depois de
feita a pesagem, o filhote de onça-pintada voltou ao contato com a mãe. Nena
está isolada e fora de exposição desde o final da gestação, no início de
dezembro passado.
O
principal cuidado no manejo é não estressar os animais e acompanhar, de tempos
em tempos, se o filhote está saudável e se desenvolvendo. Mãe e filha ficarão
juntas por pelo menos seis meses até que o filhote tenha condições de se
alimentar sozinho e nadar, para que as duas possam ficar soltas na área de
exposição, onde existe um pequeno lago.
Como
acontece na natureza, a filha não entrará em contato com o pai e,
possivelmente, será levada para outro refúgio quando estiver na idade adulta.
O que é o Refúgio?
O Refúgio
é uma unidade de proteção ambiental, criada nos anos 70 para receber
milhares de animais “desalojados” pela usina, em que Itaipu pesquisa a produção
de mudas florestais, a reprodução de animais silvestres em cativeiro e a
recuperação de áreas degradadas.
Por Mariana
Ohde
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