Quando Janina Schan
pegou Lila em seus braços, a cachorra se sentiu mais leve do que o ar.
Naquele instante, o
peso terrível do que ela tinha passado a esmagou. Schan, que fundou a
organização Osa Peninsula Rescue na Costa Rica, chorou durante todo o caminho
até a clínica veterinária, onde ela desmoronou no chão.
Aquele era, ela
diria mais tarde a sua amiga e companheira de resgate de animais Anette
Targowski, “o pior caso de crueldade que ela já havia visto.”
Lila ficou amarrada
por dias em um quintal sem comida ou água ao seu alcance. “Lila estava muito
perto da morte. Ela não podia ficar de pé, estava muito fraca e, além disso,
tinha uma sarna horrível, era apenas pele e ossos”, disse Targowski.
Apesar da provação
que enfrentou, o coração de Lila se provou poderosamente intacto. E, sob o
cuidado de suas salvadoras, ele batia mais forte a cada dia.
Mais de um ano após
o resgate de Lila, ela está totalmente recuperada – uma cachorra saltitante e
gentil que não mostra traços de seu passado sombrio.
Naquela época, no
entanto, outra tragédia mais sutil ocorreu. Como os lares adotivos ficam muitas
vezes cheios, Lila passou por várias casas enquanto aguarda por uma família.
“Cachorras como
Lila têm muitas dificuldades em serem adotadas porque não são de raça pura. Se
você tem um bom doberman ou pastor alemão, irá conseguir que seja adotado
rapidamente. As pessoas na Costa Rica querem cães grandes, puros e cães como
Lila não têm chance”, explicou Targowski.
É por isso que
Targowski, que mora no Canadá, tem compartilhado a história de Lila em todos os
lugares que consegue achar nas mídias sociais – esperando encontrar um
verdadeiro lar fora da Costa Rica.
Esta semana, houve
uma boa notícia: várias aplicações de famílias canadenses que querem adotar
Lila. “Nós ainda estamos no processo de entrevistas”, disse Targowski ao The
Dodo.
Ela está confiante
de que, depois de um ano de busca, Lila finalmente terá um lar definitivo. Para
a cachorra, precisa ser apenas a família ideal. Ela aguardou muito
tempo para esperar menos do que isso.
Fonte:
anda.jor.br Foto: Osa Peninsula Rescue
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