Mundo Animal: O mercado de produtos veganos acaba de levar um duro golpe

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Mais uma vez, a indústria da carne tenta impedir que alimentos vegetais ganhem espaço na mesa dos consumidores conscientes. Na quarta-feira (8), o Parlamento Europeu aprovou um projeto de lei que pode proibir termos como “bife”, “salsicha” e “hambúrguer” para produtos que não contenham carne. A votação terminou com 355 votos a favor e 247 contra, mas a medida ainda precisa passar por negociações com os Estados-membros da União Europeia.

Do ponto de vista de quem opta por uma alimentação vegana, a proposta é um retrocesso. Produtos como hambúrgueres de grão-de-bico ou salsichas de soja já são claramente identificados como vegetais e ajudam milhões de consumidores a reduzir o consumo de carne sem abrir mão do sabor e da familiaridade.

Organizações de defesa do consumidor alertam que a medida é desnecessária: “Quase 70% dos europeus compreendem que ‘hambúrguer vegetal’ ou ‘salsicha vegana’ não contém carne, desde que esteja claramente rotulado”, afirma Irina Popescu, do Escritório Europeu das Uniões de Consumidores.

Enquanto isso, a indústria de carne comemora. A associação francesa Interbev afirma que produtos vegetais “confundem as referências e enfraquecem o reconhecimento de um produto 100% natural”. Esquece-se, porém, que criar animais para consumo é uma das maiores fontes de emissões de gases do efeito estufa e que alternativas vegetais são essenciais para a sustentabilidade do planeta.

O mercado de produtos veganos que imitam carne vem crescendo rapidamente: o consumo quintuplicou desde 2011, impulsionado por preocupações com saúde, meio ambiente e bem-estar animal. Proibir o uso de termos familiares não muda a realidade: hamburgueres de feijão continuam sendo nutritivos, saborosos e livres de crueldade.

A verdade é que esta lei parece menos sobre clareza para o consumidor e mais sobre proteger interesses de uma indústria que não quer perder espaço. Cada vez mais pessoas escolhem alternativas vegetais conscientes, e tentar censurar nomes como “hambúrguer vegano” não vai impedir essa revolução silenciosa na alimentação.

Fonte : vista-se.com.br

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