O Rio de Janeiro será palco do XIII World Congress on Alternatives and Animal Use in the Life Sciences (WC13 Rio-2025), de 31 de agosto a 4 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica. O evento, que reúne mais de 800 cientistas nacionais e internacionais, destacará uma inovação brasileira: a produção de colágeno de jumentos em laboratório, evitando o abate desses animais.
No Brasil, a população de jumentos caiu 94% nas últimas três décadas, de 1,37 milhão em 1996 para cerca de 78 mil atualmente. A principal causa é o abate para extração de pele, exportada para a Ásia e usada na produção do ejiao, colágeno valorizado na medicina tradicional chinesa. Segundo a ONG The Donkey Sanctuary, a demanda global chega a pelo menos 5,9 milhões de peles por ano, gerando impactos sociais, como sobrecarga de trabalho para mulheres no campo e abandono escolar de crianças em comunidades rurais.
A alternativa está na agricultura celular, conjunto de biotecnologias que permite produzir colágeno biologicamente idêntico ao de origem animal, mas sem matar os animais. Entre os métodos mais avançados está a fermentação de precisão, em que microrganismos são programados para fabricar colágeno em tanques de fermentação em apenas seis dias. Outra técnica envolve o cultivo de células de jumentos em biorreatores até formarem tecidos que liberam a proteína.
O LABEA – Laboratório de Bem-Estar Animal da Universidade Federal do Paraná prevê lançar os primeiros colágenos produzidos por fermentação de precisão até dezembro de 2026. Segundo a professora Carla Molento, coordenadora do projeto, a pesquisa une UFPR e Universidade de Wageningen (Países Baixos) e conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da Fundação Araucária. “O objetivo é oferecer uma alternativa rastreável, segura e sustentável, que torne desnecessário o abate e preserve o patrimônio genético e cultural do semiárido brasileiro”, afirma.
Especialistas reforçam a importância da iniciativa. Para Patricia Tatemoto, porta-voz da The Donkey Sanctuary, proteger os jumentos é também preservar a cultura e a dignidade de comunidades vulneráveis. O professor Pierre Barnabé Escodro, da Universidade Federal de Alagoas, alerta que o Brasil não pode ser o elo fraco de uma cadeia internacional que lucra com a morte desses animais.
Serviço:
XIII World Congress on Alternatives and Animal Use in the Life Sciences (WC13 Rio-2025)
Data: 31 de agosto a 4 de setembro de 2025
Local: Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro (RJ)
Promoção: Fiocruz e BraCVAM – Centro Brasileiro para Validação de Métodos Alternativos
Entrevistas: Cientistas brasileiros e porta-voz da The Donkey Sanctuary disponíveis para esclarecer dúvidas
Por Renata Granchi
Fonte: Diário do Rio
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