Fotos: PETA Índia
A PETA está pedindo a 12 instituições dos EUA que examinem suas relações comerciais com a Palamur Biosciences, um enorme laboratório contratado na Índia, depois que denunciantes compartilharam evidências de cães deitados em poças de sangue e outros horrores inimagináveis no local em uma denúncia inédita da PETA Índia.
A denúncia motivou uma inspeção na Palamur, designada pelo governo, que confirmou as descobertas de PETA Índia. No entanto, o órgão de supervisão de laboratórios animais da Índia adiou as sanções por um mês, então a PETA Índia entrou com uma ação judicial, alegando um aparente encobrimento.
Em sua decisão em 08 de julho, a Alta Corte (Tribunal Superior) de Delhi ordenou ao Comitê de Controle e Supervisão de Experimentos em Animais (CCSEA) para tomar medidas corretivas provisórias contra a Palamur. O tribunal citou os achados e recomendações questionáveis do relatório de inspeção que foi submetido ao CCSEA em 17 de junho, particularmente em relação ao manejo, alojamento, práticas de eutanásia e cuidados veterinários dos animais pela empresa. O relatório da inspeção recomendou revisão urgente do registro da instalação para criação e experimentação em animais e a reabilitação de mais de 1.200 animais aprisionados.
O tribunal também proibiu a Palamur de obter ou enjaular quaisquer novos animais, ordenou uma nova inspeção supervisionada pela PETA Índia e determinou que a CCSEA aborde as áreas de preocupação identificadas e apresente um novo relatório de situação dentro de duas semanas. Outra audiência foi marcada para 4 de agosto.
Cada instituição dos EUA abaixo colaborou em estudos com ou usou animais da Palamur em estudos envolvendo experimentos dolorosos e mortais. A PETA contatou cada um dos seguintes:
- Universidade do Texas em Austin – Austin, Texas.
- Faculdade de Medicina da Universidade de Washington – Saint Louis, Missouri.
- Universidade da Califórnia, Davis – Davis, Califórnia.
- Universidade Thomas Jefferson – Philadelphia, Filadélfia.
- Centro Médico da Universidade de Creighton – Omaha, Nebraska.
- Faculdade de Medicina Mount Sinai – New York City, N.Y.
- Faculdade de Medicina de Harvard – Boston, Massachussetts.
- Hospital Geral de Massachusetts – Boston, Massachussetts.
- Centro de Câncer Moffitt – Tampa, Flórida.
- NXT Capital – Chicago, Illinois.
- Onconova Therapeutics – Newtown, Pensilvânia.
- Pennington Biomedical Research Center – Baton Rouge, Louisiana.
“Os animais na Palamur Biosciences foram maltratados, deixados para sofrer de ferimentos sangrentos e mortos de formas agonizantes”, disse a vice-presidente do International Laboratory Methods (Métodos Laboratoriais Internacional) de PETA, Shalin Gala. “A PETA pede a todas as instituições que reconsiderem fazerem negócios com este inferno e para os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA para que retirem o certificado que permite à Palamur servir como um “local de desempenho” para empresas que querem enviar dados de testes em animais para agências americanas”.
Fotos: PETA Índia
A PETA Índia continua a pedir às autoridades indianas para fechar o laboratório e cumprir a recomendação do comitê de inspeção nomeado pelo governo para resgatar mais de 1.200 animais na Palamur.
A denúncia de PETA Índia incluiu relatos em primeira mão, fotografias e vídeos de dentro da Palamur mostrando a agonia generalizada, a miséria e numerosas violações de bem-estar animal, desencadeando uma onda de ações em resposta na Índia e nos EUA:
- A Polícia da Índia abriu uma investigação criminal, a primeira vez que isso aconteceu para qualquer laboratório animal no país;
- Inspetores nomeados pelo governo emitiram um relatório explosivo recomendando “ação regulatória imediata… incluindo a remoção e reabilitação de animais com o fim de impedir mais dor e sofrimento” para mais de 1.200 animais da instalação e uma revisão do registro e da licença de criação da Palamur;
- A PETA pediu aos Institutos Nacionais de Saúde para investigar a Palamur, já que é um laboratório sancionado pelo governo dos EUA e obrigado a cumprir os padrões americanos.
A exposição inédita da PETA Índia detalhou:
- Animais sofrendo com úlceras em suas bocas ou nos intestinos.
- Funcionários chutando os animais ou fechando as portas das gaiolas em suas pernas, causando fraturas.
- Cerca de 1.500 cães mantidos em um espaço projetado para cerca de metade desse número. De três a quatro cães ocupando gaiolas projetadas para apenas dois, levando a brigas, agressão por alimento e feridas dolorosas que não eram mantidas limpas. Os funcionários não forneciam tratamento para dor.
- A Palamur obteve macacos-rhesus capturados na natureza de um fornecedor. Alguns testaram positivo para patógenos perigosos, como varíola símia. A empresa manteve o assunto em segredo, a despeito dos riscos à saúde e mataram os macacos.
- Uma minipig [porca de pequeno porte] engravidou e, como a Palamur não tinha uma licença de reprodução, os funcionários mataram todos os leitões sem sedação, com uma injeção dolorosa direto no coração.
Em 2024, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA e a Agência Regulatória de Gestão de Pragas da Health Canada suspenderam temporariamente a aceitação de estudos da Palamur devido às preocupações com a falsificação de dados após uma inspeção da Autoridade Nacional Indiana de Monitoramento de Conformidade com as Boas Práticas de Laboratório.
PETA – cujo lema diz, em parte, que “animais não são nossos para experimentos” – aponta que cada animal é alguém e oferece kits de empatia gratuitos para pessoas que precisam de uma lição de bondade. Para mais informações, por favor, visite PETA.org ou siga PETA no X, Facebook ou Instagram.
Tradução de Fátima C. G. Maciel
Fonte: PETA
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