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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Pets: 87% dos tutores não vacinam animais domésticos no Nordeste

 Baixa cobertura vacinal na região atinge níveis acima da média nacional (85%) e reforça a necessidade de orientação principalmente dos tutores de primeira viagem



Em torno de 87% dos nordestinos que são tutores de pets não vacinam seus bichos de estimação, indicador que está acima da média do Brasil (85%). O recorte regional integra um estudo recente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sidan).

A baixa cobertura vacinal contra zoonoses e doenças infecciosas que atingem animais domésticos, especificamente cães e gatos, preocupa as autoridades sanitárias e os fabricantes de insumos. Um fator adicional de apreensão é o fato de que algumas dessas enfermidades podem ser transmitidas a humanos.

No caso do Nordeste, apesar da situação pior comparada à média do país, o quadro ainda é menos crítico que nos estados do Norte, onde o percentual de tutores desatentos à imunização de seus pets chega a 92%.

Apesar das peculiaridades regionais, os resultados do levantamento setorial apontam para um problema nacional grave do ponto de vista da segurança sanitária. Isso porque o controle das doenças infecciosas exige que, pelo menos, 70% dos animais estejam protegidos com a vacinação em dia, garantindo assim, a chamada “imunidade de rebanho”.

“Quanto maior o número de animais vacinados em uma população, menor a chance de transmissão de doenças”, destaca Marina Bonfim, veterinária e gerente técnica da Agener União, braço da União Química para o mercado pet.

A especialista frisa que entre as doenças mais comuns que podem ser evitadas pela imunização de animais de estimação estão a cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, raiva e enfermidades associadas a vírus respiratórios.

Tutores de primeira viagem e a proteção vacinal dos pets

Marina Bonfim destaca que a orientação sobre a importância da imunização é fundamental, especialmente no caso dos tutores de primeira viagem. “Esse público geralmente ainda está numa fase inicial de conscientização e deve ficar bastante atento às indicações e ao calendário vacinal específico para cada animal até que essas informações sejam incorporadas à rotina, da mesma forma que acontece com os pais de primeira viagem, no caso dos bebês”, ressalta.

Cuidados no 1º protocolo vacinal

A veterinária explica também que “cada pet tem um estilo de vida e um histórico materno diferente”. “Por isso, é essencial um nível de zelo máximo com o cronograma vacinal e que precisa ser redobrado nos casos em que não se conhece a mãe do seu doguinho ou bichano”, alerta.

Segundo a executiva, o histórico contribui para identificar se a mãe possuía um esquema vacinal adequado, capaz de gerar anticorpos transmitidos pela amamentação.

“O período de atividade desses anticorpos também pode variar, o que reforça o papel crucial das vacinas nas primeiras semanas de vida do pet”, pontua.

Nessa fase, o animal passa por uma janela de maior suscetibilidade às infecções que vai da 8ª à 16ª semana de vida. Nesse período, os anticorpos que vieram da mãe caem abaixo do nível de proteção e a imunização se torna questão de sobrevivência do seu pequeno companheiro.

Por isso, o tutor precisa cumprir rigorosamente o calendário vacinal ao longo de toda essa etapa e o veterinário responsável por seu novo amiguinho vai orientá-lo sobre o momento adequado para iniciar a vacinação e encerrar esse primeiro protocolo, de forma a garantir a melhor cobertura.

Outras orientações para o 1º protocolo

Durante todo o período de vacinação, até pelo menos duas semanas após a última dose, é essencial que o filhote permaneça isolado, sem contato com ambientes públicos e animais não vacinados.

Marina Bonfim explica que, nas primeiras 24 horas após a vacina, é possível ocorrer reações, que geralmente são leves e de curta duração. O tutor poderá perceber febre baixa, sonolência, dor no local da aplicação ou formação de nódulo no local, que regride progressivamente. Também é necessária atenção a outros efeitos adversos, como o aparecimento de edema facial, urticárias e reações graves (choque anafilático), que, felizmente, são raras. Caso o pet apresente algum desses sintomas mais preocupantes, o tutor deverá leva-lo imediatamente para a clínica ou hospital veterinário para o tratamento adequado.

A especialista conclui que, após esse esquema de vacinação das primeiras 16 semanas, o calendário de imunização anual é decisivo para proteger a saúde do seu pet e também a sua.


Deisy Nascimento ( Meu bichinho no www.tnh1.com.br )

Fonte: Assessoria 

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