Uma denúncia de maus-tratos a animais foi encaminhada ao Mídia Bahia na tarde de segunda-feira (11). De acordo com as informações, cabras estavam sendo criadas nos fundos da Escola Lídio Santos, sem os devidos cuidados.
Na manhã de hoje, o Mídia Bahia flagrou os animais no local indicado; dois estavam amarrados e outros dois soltos, oferecendo risco tanto para eles quanto para condutores. A reportagem não identificou água a disposição dos cabritos. Além disso há lixo, que pode facilmente ser ingerido pelos animais.
A denunciante relatou que um filhote de cabra teria sofrido diversas agressões no dia anterior e, como forma de castigo – por razões desconhecidas –, foi mantido separado dos demais. Atualmente, o filhote está próximo a outra cabra, mas aparenta necessidade de cuidados veterinários.
A advogada Mônica Suely Oliveira Santos Filgueiras procurou a associação de defesa dos animais de Mutuípe e deve apresentar o caso ao promotor ambiental Julimar Barreto, para que sejam adotadas providências cabíveis.
Populares haviam informado que o proprietário dos animais residia no Alto da Cajazeira, contudo, logo após a publicação, a mãe dele entrou em contato nega maus-tratos. Nota a seguir.
O que diz a lei
ei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Dos crimes contra a fauna
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Mãe de dono se manifesta
A mãe do proprietário das cabras que estão sendo criadas nos fundos da Escola Lídio Santos, em Mutuípe, entrou em contato com o Mídia Bahia para esclarecer a denúncia de supostos maus-tratos aos animais.
Segundo ela, Kaio, que é o dono, cuida dos animais e coloca água para eles pela manhã e à tarde. Ela relatou, inclusive, que, quando Kaio está na zona rural, é ela ou a esposa dele se encarregam de fornecer água para os animais.
Mara explicou que o bode fica amarrado, mas os demais não. Ela reconheceu a necessidade de mantê-los presos para que não fiquem na rua e afirmou que não há maus-tratos.
“A gente até fala lá em casa que ele cuida mais desses animais do que do filho. Ele está construindo na zona rural, mas tem cuidado desses bichos”, disse ela ao Mídia Bahia.
Por Leandro Almeida
Fonte: Mídia Bahia
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