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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

'Fome cinzenta': animais silvestres afetados por incêndios recebem alimentos e água no Pantanal


 Foto: Onçafari/Reprodução

Os incêndios que consomem o Pantanal têm afetado drasticamente os animais silvestres. Após o fogo destruir milhares de hectares de vegetação, as fontes de alimento e água têm se esgotado drasticamente no bioma. Na Estância Caiman, em Miranda (MS), a ONG Onçafari tem distribuído suprimentos em pontos estratégicos aos bichos na região pantaneira.

A falta de alimentos e água aos animais após uma série de incêndios é chamada de “fome cinzenta”. Esta condição é causada pelo desequilíbrio provocado na cadeia alimentar. Diante deste cenário de escassez, voluntários têm espalhado frutas e legumes semanalmente, no Pantanal de Miranda.

Vídeos de câmeras de monitoramento da ONG Onçafari mostram espécies de macaco-prego, tamanduá-bandeira, queixadas, tucanos e entre outros animais se alimentando com frutas, legumes, leguminosas, vegetais, algumas raízes e quirera de milho.

Neste ano, em apenas três meses, 564 animais silvestres afetados pelo fogo foram resgatados no Pantanal, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, em 2020, ao menos, 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal.

No Pantanal, quase 3 milhões de hectares no Pantanal foram destruídos pelas chamas e 736 focos de incêndios foram registrados nos primeiros 10 dias do mês de setembro de 2024, o dobro de setembro inteiro do ano passado (373 focos), segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Alimentação e monitoramento de animais

Ao g1, a coordenadora do Onçafari, Lélia Rampim, explicou sobre o funcionamento da ação e a importância para a fauna no momento atual. A ida é feita através de guias para atender animais vítimas de desastres ambientais, que já foram utilizados em outros lugares.

“A escolha dos locais se baseou na presença de açudes, ou seja, as fontes de águas que a gente mapeou – entendemos quais fontes de água ainda existiam mesmo depois do fogo – e a gente começou a ofertar esses alimentos perto às fontes de águas. Por que perto? Porque os animais iam precisar beber água e descobrir os alimentos perto”, explica Rampim.

Ainda conforme a coordenadora, a escolha dos alimentos foi pensada na diversidade de hábitos alimentares, entre herbívoros e onívoros. As ofertas das comidas são feitas duas vezes por semana, com o uso de três veículos e em 15 pontos diferentes.

Com o monitoramento pelas armadilhas fotográficas, as equipes têm conhecimento de quais espécies estão consumindo os alimentos e com qual frequência.

“Por exemplo, no começo a gente oferecia algumas raízes e hoje não oferecemos mais porque não víamos tanto consumo. Então a gente deixou de lado as raízes e substituímos por outras leguminosas e frutas que tinham um consumo maior. E assim a gente foi aparando as arestas e montando o nosso protocolo certinho”, exemplifica a coordenadora.

Importância da ação

Rampim relata que o fogo impactou os animais que dependem da floresta para viver. A coordenadora explica que as chamas queimam a vegetação, frutas, flores, raízes, e os bichos perdem recursos vitais para a sobrevivência.

“Essa alimentação traz um respiro para os animais, traz um conforto para os bichos, são locais em que eles podem poder repor as suas energias. Os animais gastam muita energia procurando alimento. Se a gente não tivesse oferecendo nada, eles gastariam muito mais energia do que ganhariam energia”, diz Rampim.



De acordo com a coordenadora, a alimentação incentiva a fauna a viver e a reprodução desses animais. O Refúgio Ecológico Caiman afirmam que a ação de suplementação vai continuar por tempo indeterminado.

A chuva é necessária para a floresta voltar a proporcionar alimentação e abrigo para os bichos. Então é essa umidade que vai garantir que tenha fruto, que tenha folha, que tenha flor, que as raízes possam também crescer. Então, enquanto a gente não tiver chuva por aqui pela região, a gente vai continuar fazendo esse trabalho de suplementação“.

Fonte: g1 ( Rafaela Palieraqui, Dyego Queiroz, g1 MS e TV Morena )

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