Foto: Edilson Omena
Com o plenário lotado e nenhum parlamentar presente
além da proponente da sessão. Assim foi a audiência pública na Câmara Municipal
de Maceió sobre a pulverização aérea de agrotóxicos em Maceió, realizada na
terça feira (31) em uma iniciativa da Teca Nelma (PSD). O objetivo foi fazer um
debate sobre o tema antes de ser colocado em votação um Projeto de Lei que
proíbe o uso de agrotóxico em aplicações aéreas na zona rural da capital
alagoana.
“Essa audiência vai dar subsídios. Seja pela
aprovação ou pela rejeição. Mas especialmente pela apreciação desse projeto,
para mostrar que aqui em Maceió a universidade, os ativistas e a sociedade
estão preocupados com a exposição da nossa população aos agrotóxicos que são
tão nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Chega de chuva de veneno na
cidade de Maceió”, disse Teca durante sua fala ao iniciar a sessão.
Segundo a vereadora, o projeto teve parecer
favorável da Comissão de Constituição de Justiça e da Procuradoria da casa.
Depois disso um novo parecer contrário da CCJ chegou a ser publicado, mas a
procuradoria invalidou. “A gente recebeu o parecer da procuradoria apontando
que o último parecer da CCJ é inválido e deve ser desconsiderado”.
O projeto é uma iniciativa popular que foi levada à
Câmara e acolhida por Teca. Segundo a vereadora os vereadores Dr. Valmir (PT) e
Gabi Ronalsa (PV) já declararam apoio à pauta. Oficialmente contra, já se
posicionaram Leonardo Dias (PL), Marcelo Palmeira (PSC) e Chico Filho (MDB). O
restante ainda não deu declarações oficiais a respeito.
Apesar de não ter participação de nenhum outro
parlamentar da Casa, todas as cadeiras do plenário estavam ocupadas por
representantes de vários setores da sociedade civil. Na mesa, presidida pela
vereadora, estavam a Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag),
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e Instituto Terra Viva e
Uniprópolis.
Também foram registradas as presenças de
representantes do instituto Mutum, do curso de agroecologia da Universidade
Federal de Alagoas (UFAL), criadores de abelhas, Emater e Adeal. O
superintendente da FUNAI, Cícero Albuquerque também acompanhou a sessão no
local.
Todas as intervenções manifestaram preocupação com
os danos causados pelos agrotóxicos. Segundo o ambientalista Ricardo Ramalho,
diretor do Instituto Terra Viva, essa é uma discussão pela vida. “Para conhecer
os efeitos da pulverização aérea dos agrotóxicos notadamente”. Ele enalteceu a
presença dos trabalhadores da agricultura.
“Vítimas maiores desse malefício que é o uso
abusivo e descontrolado dos agrotóxicos. Como agricultor, como engenheiro
agrônomo, eu não consigo acreditar numa profissão tão nobre, preocupada e
trabalhando na produção de alimentos saudáveis, que esse segmento tão
importante para o país queira envenenar a população com agrotóxico. Por trás de
tudo isso há esse sistema mundial despreocupado com a vida, esse sistema
‘ecocida’. Que desconsidera todas as formas de vida, não apenas a vida humana”.
Ele chama atenção para a alta densidade urbana de
Maceió. “Não se atravessa 100km nesse estado sem passar por uma área urbana.
Como a pulverização pode ser precisa e não afetar a população? 45% da área do
município de Maceió é rural, por isso sujeito aos danos da pulverização”. E
alertou para a contaminação das águas.
Pela Fetag, o presidente Givaldo Teles, segue a
mesma linha de pensamento de Ramalho. “Tratar uma luta da vida contra as
empresas que só pensam no lucro. A gente tem visto que essa pulverização aérea
tem afetado os rios, lagoas e mananciais. A mortandade de peixes e crustáceos
na região metropolitana é enorme. Trabalhadores assalariados rurais que estão
na labuta do corte da cana são atingidos dia após dia com isso, então é preciso
dar um basta. A gente sabe do impacto que isso tem causado principalmente com a
mortandade das abelhas na polinização das frutas, e hoje há escassez das frutas
tendo em vista a mortandade das abelhas quando essa pulverização passa”.
Por Emanuelle Vanderlei / colaboradora - Tribuna
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