Foto: Renner Boldrino
Na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) existem pessoas que,
por escolha profissional, por afeição, e, na maioria das vezes, pela conjugação
desses dois fatores, dedicam-se a cuidar de cães e gatos que circulam pelo
Campus A. C. Simões.
A professora Luiza
Rabelo, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), coordena um
núcleo que reúne algumas dessas pessoas. “São voluntários e voluntárias que
colaboram financeiramente ou ajudando nos cuidados. Contamos com o apoio da
Sinfra nesse trabalho”, apresenta Luiza.
Várias dessas
voluntárias são funcionárias terceirizadas da Ufal. “Justamente as que têm
menos recursos financeiros são as que mais se dedicam a abrigar, dar banho,
medicar e dar carinho aos cães e gatos soltos pela Universidade”, ressalta a professora.
O núcleo divulga
pouco o trabalho, de certa forma para não estimular o descarte de animais no
campus. “A Ufal virou uma área de abandono. Não temos financiamento e
equipamentos. Não conseguimos dar conta de tantos cães e gatos abandonados no
Campus e pedimos que as pessoas não façam isso”, solicita a professora.
Comissão para o bem-estar animal
A Ufal conta com uma
Comissão de Ética para o uso de animais em pesquisas e regulamentações para
garantir os protocolos de proteção a estes seres, mas não existe ainda uma
regulamentação ou uma comissão específica para tratar do convívio com cães e
gatos que circulam pela Universidade.
Para pensar sobre
como disciplinar esta convivência, em janeiro deste ano foi realizada uma
reunião no Gabinete do reitor Josealdo Tonholo, com representantes da
Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), da Pró-reitoria de Gestão de
Pessoas e do Trabalho (Progep), e as docentes engajadas na proteção dos animais
do Campus.
Além de Luiza Rabelo,
do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), estavam também Larissa
Mendes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), a
técnica Lúcia Lima e a terceirizada Eliane Omena. Elas são voluntárias nos
cuidados de animais que vivem no Campus A.C. Simões.
A proposta é a
criação de uma comissão para tratar da situação do convívio com os animais de
forma institucional, com regulamentação específica. “Assim que a portaria for
publicada, vamos iniciar a formatação de uma regulamentação sobre convívio
animal para ser aprovada no Consuni”, explica a professora Luiza.
Por Lenilda Luna
Fonte: Universidade Federal
de Alagoas
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