Doença tem chamado
atenção de médicos-veterinários em Alagoas
Esporotricose é uma
doença ocupacional, muito comum em pessoas que exercem atividade profissionais
ligadas ao solo como jardinagem, por exemplo; além de médicos-veterinários, estagiários
e tratadores de animais infectados por esporotricose em seu ofício.
Acidentalmente, as
infecções ocorrem tanto para pessoas quanto para animais. A doença é causada
por um tipo de fungo que habita naturalmente alguns solos, troncos de árvores e
vegetações envelhecidas em climas tropicais. A contaminação ocorre por meio de
perfurações na pele por objetos traumáticos como lascas de madeira e arame
farpado, que estejam em contato com o solo onde o fungo habita.
A enfermidade tem
chamado atenção de médicos-veterinários em Alagoas, tanto nos serviços públicos
quanto privados, e merece atenção governamental para o enfrentamento preventivo
desta doença – que também é uma zoonose (doença capaz de ser transmitida do
animal ao homem).
Na epidemiologia da
transmissão da doença, o felino doméstico ocupa uma posição preocupante, devido
às suas particularidades comportamentais de afiar unhas em troncos de árvores e
de escavar o solo para enterrar suas fezes e urina, o que acaba por abrigar o
fungo em suas unhas e acidentalmente, em situações de arranhões, transmitir o
fungo a si próprio (autoinfecção), a outros animais e a pessoas em momentos de
manejo.
Em humanos, a
doença pode causar feridas ulceradas na pele e grande absenteísmo devido ao
prolongado tempo de infecção o que a torna doença crônica e de difícil
tratamento. Em animais o aspecto também é crítico e, normalmente, a cabeça e
braços é a parte mais afetada, onde é possível verificar feridas ulceradas e
sanguinolentas.
Pelo impacto
zoosanitário, a médica-veterinária e pesquisadora Evelynne Marques de Melo
acredita que a prioridade é a prevenção. Uma publicação científica da
Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em 2014, já sinalizava que o fungo é
presente no Estado e possui caráter acidental zoonótico.
Atualmente,
médicos-veterinários têm observado aumento nos diagnósticos e, dada a realidade
de elevada presença de colônias de felinos domésticos em vida livre a intensa
atividade de proteção animal civil, com pouca atenção governamental, Evelynne,
que também é doutoranda em Políticas Públicas, lembra que o assunto pede por
instituição das principais políticas públicas para o enfrentamento à doença.
Dentre elas, ela
cita a prioridade na política de investimento financeiro para programas de
castração em massa e permanentes. Quanto menos felinos nascem, menos indivíduos
infectados. “Essa política deve vir alinhada à política pública do método
CED-Captura, esteriliza e devolve, que é um método importante para impedir
procriação de felinos que estão em vida livre, gerando menos descendentes
enquanto eles atingem suas expectativas de vida sem se reproduzir”, pontua.
A
médica-veterinária também acrescenta a necessidade de ações voltadas ao
reconhecimento do cão e do gato comunitário, onde o cidadão torna-se parceiro
na vigilância e cuidados para com os animais que habitam ambientes coletivos,
como praças, ruas, parques, estacionamentos de lojas e campus universitários,
por exemplo.
“A política de
educação ambiental também é o meio mais eficaz de ensinar as pessoas os
cuidados básicos com a criação de cães e gatos, incluindo principalmente as
noções de manejo que previnem doenças, tal como a esporotricose”, afirma.
Outro ponto
importante de acordo com ela é a política de incineração de cadáveres de
animais infectados. “Uma vez o agente causal da doença ser um fungo que é
natural do solo, os felinos mortos não devem ser enterrados, porque isso
potencializa o fungo no local, no bairro onde for enterrado”, diz e acrescenta:
“ O recomendado, por segurança sanitária, é a incineração – e o poder público
deve se organizar para dar suporte à população neste sentido, tanto orientando
quanto recepcionando o cadáver uma vez que se trata de zoonose”.
Esta última é
relevante, conta Evelynne, pois é muito comum populares no Brasil descartarem
cadáveres de animais em lixões e, pelo valor sentimental, também enterrarem no
jardim das residências: “Isso merece atenção por meio de orientações e educação
ambiental”.
A doença exige
estratégia terapêutica com antifúngico e tem duração de meses até a cura. O
tratamento com felinos é delicado e necessita de manejo técnico adaptado para
isolamento e prevenção contra mordidas e arranhões dos que serão os cuidadores.
A prevenção básica
é importante: pessoas que trabalham com jardinagem devem usar luvas ao manter
contato com o solo. Tratadores e cuidadores de animais devem manejar felinos
com cuidado, evitando serem arranhados ou mordidos.
A orientação também
envolve não dar banho em gatos recém resgatados da via pública, como forma de
evitar se arranhado ou mordido e sempre levar o animal antes a um
médico-veterinário; além disso, todos devem proteger suas mãos em caso de
ferimentos já presentes, evitando contato com o solo ou animais com feridas na
pele.
Tutores de gatos
também não devem usar areia ou terra de jardim para as caixas de areia dos
felinos em residência, o indicado é o uso de areia higiênica específica para
essa finalidade.
Atualmente, a UFAL
desenvolve uma pesquisa no Mestrado Ciência Animal voltada à esporotricose
felina. Gestores públicos e políticos devem se manter em contato com ambiente
técnico a fim de alinhar as necessidades de atuação.
A
médica-veterinária Maria Clara Carlos, que atua em serviço público, destaca que
a unidade de vigilância em zoonoses dispõe de atendimento ambulatorial de
triagem para recepção dos animais com suspeita de zoonoses, onde é realizado o
exame para confirmação da doença.
Fonte: UFAL, adaptado pela equipe Cães&Gatos.( Deisy Nascimento com tnh1.com.br )
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