Mundo Animal: Padre vegano utiliza redes sociais para fortalecer a compaixão animal em Campo Bom (RS)

Foto: Divulgação

Algumas pautas vêm somando forças nos últimos anos. O vegetarianismo ou o veganismo, por exemplo, são causas que cada vez mais são discutidas em diferentes ambientes. Um destes exemplo é o tratamento deste assunto por Paulo César Rosa, mais conhecido como Padre Paulo, que através das redes sociais, é ativo no veganismo e trabalha com o foco na compaixão animal.

Natural de Santo Antônio da Patrulha, Paulo foi criado no meio rural, onde muitos animais viviam. Sua família, de origem católica, era presença confirmada nas missas e cultos que por lá aconteciam, um dos cenários que o fez querer seguir no meio religioso.

Desde criança, Paulo César tinha esse vínculo com os animais e com a igreja. O que lhe chamava a atenção em ambos os ambientes era o tratamento com indiferença, onde as vacas, ovelhas e porcos eram praticamente membros da família, até que uma visita chegasse e estes virassem refeição sem qualquer hesitação.

A preocupação também se estendia nas festas da igreja, onde outro tópico defendido por Paulo o preocupava. Nas reuniões, bailes e jantas, o consumo de álcool era frequente e abundante por alguns, o que costumava gerar desentendimentos e até brigas, situação desagradável e que já causava no Patrulhense o sentimento de repulsa.

Vida na Igreja

Paulo Rosa sempre teve como objetivo se tornar padre. O objetivo foi atingido em Taquara, quando assumiu uma das paróquias de lá. Nas missas, nunca pregou o tema ou tentou converter fiéis para sua causa, mas sempre anunciava sua filosofia para um possível “convite ao jantar“.

Já inserido no meio cristão, Paulo passou a fazer parte da Pastoral da Sobriedade, uma ação da igreja na prevenção e recuperação da dependência química. Nestas atividades, aprendeu mais sobre os atos que coíbem o uso de álcool e reforçou o seu trabalho digital nessa causa.

Depois de um tempo, foi transferido para a Paróquia Santa Terezinha em Campo Bom, onde permaneceu até o início deste ano. Na cidade do Vale do Sinos, a conduta seguiu a mesma: nas missas, a apresentação dos seus hábitos, mas sem a inserção desses conteúdos durante os sermões. Paulo, então, seguiu em Campo Bom até o fim de 2022, quando, em suas férias, decidiu partir para uma atividade própria.

Missão individual; caminho até a Bahia

Entre os dias 15 de janeiro e 15 de fevereiro deste ano, Padre Paulo decidiu utilizar os seus 30 dias de férias para atuar em prol das causas que defende. Durante todo esse período, ele percorreu diversas cidades de diferentes estados do país, realizando palestras e apresentando seu livro “O Despertar da Compaixão: Reflexões do Antigo Testamento sobre a compaixão animal e o veganismo”.

A viagem, segundo ele, foi muito positiva e fez, inclusive, com que pessoas de fora da igreja passassem a se aproximar novamente ou de forma inédita. “Tive em mais de 20 cidades. Fui até Salvador, na Bahia. Palestrei para uns 15 grupos. Considero que foi um sucesso absoluto. Tenho orgulho de ter encontrado muitas pessoas que estavam afastadas da igreja por sentir falta dessa conscientização da compaixão animal. Estou recebendo até agora vídeos e depoimentos dessoas pessoas que conhecemos, pessoas que nem são católicas, mas que começaram a olhar a igreja católica com simpatia”.

Fonte e foto: Jornal Repercussão

COLABORADORES(AS):

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