O cachorro que foi
resgatado após ser enterrado vivo em um terreno às margens da Rodovia Antônio
Romano Schincariol, entre Boituva e Tatuí (SP), contraiu uma bactéria
resistente e deve passar por uma nova cirurgia, de acordo com a ONG que está
ajudando no tratamento dele.
Segundo a
União Protetora dos Animais (UIPA), o animal contraiu a bactéria devido ao
contato da mutilação que ele tinha no pescoço com a terra, o que afeta o
sistema imunológico e dificulta a cicatrização dos ferimentos.
A
presidente da UIPA, Fernanda Nery, contou ao g1 que o Menino, nome dado pela
equipe da ONG, passou por duas cirurgias, sendo que, em uma delas, foi usada
parte da pele da pata para enxertar os ferimentos do pescoço. No entanto, por
conta da bactéria, os enxertos colocados não se adaptaram ao corpo do animal.
“Enquanto
tiver vida, há esperança. Não vamos desistir do nosso Menino. Ele está sendo
medicado e, assim que combatermos essa bactéria, vai passar por uma nova
cirurgia para enxertar o pescoço”, explica Fernanda.
Dessa vez,
de acordo com a ONG, pode ser necessário utilizar a pele das orelhas do animal
para refazer os enxertos no ferimento do pescoço dele.
Mobilização
Além da
preocupação com o estado de saúde do cachorro, a presidente da UIPA teme pelos
custos do tratamento. Segundo ela, além das cirurgias, os medicamentos, os
exames e as consultas diárias pesaram no bolso.
Por conta
disso, a ONG criou um campanha para pagar o tratamento do cãozinho. Os
interessados em contribuir podem transferir um valor em dinheiro para a UIPA.
Para
atrair mais doadores e tornar a arrecadação mais transparente, as redes sociais
da UIPA têm publicado diariamente os laudos de cada procedimento e o estado de
saúde do cachorro.
“As
postagens ajudam as pessoas a acompanharem o estado de saúde e a mostrar que
realmente necessitamos de contribuições”, explica a presidente da ONG.
Enterrado vivo
De acordo
com a UIPA, o cachorro de aproximadamente 6 anos foi encontrado no dia 12 de
setembro por um casal de Itapetininga.
Segundo o
boletim de ocorrência, os moradores viram uma pessoa com uma enxada nas mãos,
na altura do quilômetro 28, e pararam para verificar a situação.
Conforme o
BO, o casal fez perguntas ao homem, mas ele colocou a enxada no porta-malas do
carro e saiu do local. Logo depois, os moradores encontraram um monte de terra
com uma pequena parte da cabeça do cachorro, que agonizava, segundo a
associação.
O casal
resgatou o cão e o levou até o Ambulatório Municipal Pet de Itapetininga.
Conforme a
prefeitura, o cão da raça dachshund (conhecida popularmente como “salsicha”)
recebeu cuidados como aplicação de soro, assepsia, sedação e curativo. Depois,
em parceria com a UIPA, ele foi transferido para uma clínica de Botucatu (SP).
Suspeito foi liberado
Um boletim
de ocorrência por maus-tratos foi registrado no dia 14 de setembro na delegacia
de Tatuí e, após três dias, os suspeitos de terem enterrado o cachorro foram
localizados.
Segundo o
relato da mulher à polícia, o animal ficou ferido em uma briga com um pit bull
e, por isso, tinha um corte profundo no pescoço.
Ao g1, o
delegado responsável pelo caso, José Luiz Silveira Teixeira, contou que a
mulher disse que o marido dela enterrou o cachorro pensando que o animal já
estivesse morto.
Aos policiais, a mulher ainda informou que, depois da briga com
o pit bull, o casal levou o cachorro ao veterinário, mas, por conta do preço
estabelecido para o tratamento, retornou para casa e decidiu enterrar o animal.
Após o
depoimento da esposa, o homem compareceu à delegacia de polícia, onde prestou
depoimento e foi liberado.
O delegado
afirmou ainda que aguarda os laudos veterinários para dar continuidade ao
processo e que o homem será investigado pelo crime de maus-tratos.
Foto: União Protetora dos Animais
(UIPA)/Divulgação
Por Rafaela Zem
Fonte: G1
Consultório veterinário dr Marcelo
Lins 99981 5415
Comissão do Bem Estar Animal da OAB
de Alagoas
Defesa Animal em Ação
Clinshopmaceio 99675 8715
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