Rafaele Franco | Redação ANDA
As novas gerações estão cada vez mais conscientes sobre como é necessário a boa convivência com o meio e os seres vivos que nos cercam. Foram alunos do ensino fundamental da escola Therezinha de Jesus Siqueira Pimentel, no Morro São Bento, em Santos, que deram uma lição sobre como praticar essa ideia.
Os alunos
arrecadaram caixas de leite, que virariam lixo, para utilizá-lo de forma muito
sábia: o material, com potencial isolante, daria uma base perfeita para a
construção de abrigos que protegeriam animais em situação vulnerável que vivem
nas ruas.
O projeto começou
no começo do ano de 2021 e já mobilizou cerca de 100 estudantes com idades
entre 9 e 10 anos.
A professora
Renatta Burgos Pimentel, uma das idealizadoras do projeto, explicou ao site A
Tribuna que o objetivo é desenvolver princípios éticos, sustentáveis e
solidários entre os alunos. Ela comemora a repercussão e os resultados obtidos:
“Iniciamos a campanha na escola e ela acabou se estendendo por toda a
comunidade. Essa campanha une a sustentabilidade e o amor aos pets. A gente
teve uma grata surpresa com o envolvimento de toda a comunidade do morro.”
A professora
Renatta conta que para a confecção de cada casinha é necessário de 94 a 110
caixinhas de leite e então, até agora, duas casinhas já foram feitas.
Os alunos do 4º e
5º ano do Ensino Fundamental também foram responsáveis pela higienização, troca
de água e ração dos cachorros e gatos que estão utilizando os abrigos. Até o
momento são três turmas trabalhando na iniciativa.
“Nosso projeto
engloba não só a sustentabilidade. Ele é mais voltado para uma causa social. Se
a criança cresce com essa consciência, ela vai cuidar do animal, do familiar,
dos amigos, e vai se desenvolvendo o caráter”, explica a professora.
O projeto foi tão
bem aceito pela comunidade que os alunos já estão produzindo também cobertores
e colchonetes com as caixas de leite arrecadadas. “Tudo é confeccionado pelas
próprias crianças. Os colchonetes estão em processo de higienização e de
abertura de caixas, sendo preparadas para costura”, conta a professora.
Fonte e foto: A
Tribuna
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