Foto: Cesar
Brustolin/SMCS Arquivo
De tempos em
tempos, algum cidadão relata ter avistado uma capivara em área urbana, em
especial, nas proximidades do Rio Barigui, em Curitiba. E esse é exatamente o
“território” delas. As capivaras, que atravessam a rua na faixa e já
inspiram até formato de pastel e coxinha, são animais de vida livre, mas
monitoradas pelo Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente.
Nesta terça-feira (14/9), comemora-se o Dia
Internacional da Capivara e estima-se que hoje haja uma população de cerca de
180 animais da espécie vivendo nas Unidades de Conservação em Curitiba. O
número vem de uma contagem visual direta, com o apoio das equipes dos parques,
que é feita anualmente e é a estratégia mais usada para determinar a estimativa
de abundância de capivaras na região.
O trabalho de pesquisa e acompanhamento também
existe para garantir que os indivíduos estejam bem de saúde. “Trata-se de
projeto de pesquisa e de acompanhamento desses animais, conhecidos em outras
regiões por serem hospedeiros do carrapato-estrela”, explica o diretor de
Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo.
“Embora historicamente não tenha sido detectada em
nenhum momento a presença do agente causador da febre maculosa nas nossas
capivaras, julgamos importante manter o acompanhamento para garantir segurança
sanitária no convívio em harmonia entre animais e humanos nos parques”,
completa.
Quem faz caminhadas pelo Parque Barigui já deve ter
visto uma estrutura montada para futura contenção das capivaras. O brete móvel
instalado pela equipe do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna fica
próximo ao Salão de Atos. Elas vão ao local buscar alimento, em geral, bem cedo
pela manhã.
A próxima etapa do projeto envolverá a captura de
alguns animais para a realização de exames de sangue e testes laboratoriais
para monitoramento da sanidade dos grupos, bem como o acompanhamento da
ocorrência e da distribuição dos carrapatos nos parques.
Além do Departamento de Pesquisa e Conservação da
Fauna, fazem parte desse trabalho a Unidade de Vigilância de Zoonoses da
Secretaria Municipal da Saúde, a Secretaria da Saúde do Governo do Estado do
Paraná e o Laboratório de Zoonoses e Epidemiologia Molecular da Universidade
Federal do Paraná.
Evaristo lembra, ainda, que apesar de estarem
sempre em grande quantidade nos parques e parecerem dóceis, é preciso entender
que elas são animais silvestres e o seu espaço deve ser respeitado.
Encontrei uma capivara na rua, e agora?
Se o animal estiver em boas condições aparentes,
sem machucados, o melhor é deixar que ele volte ao seu bando (ou encontre um
novo). Isso vai acontecer naturalmente. Se houver ferimentos ou perigo, o
recolhimento é feito pelo Instituto Água e Terra (IAT), do Governo do Paraná. O
município pode prestar apoio em casos mais graves e urgentes.
“Quando os animais se encontram em locais com
grande adensamento populacional e trânsito – fatores que podem ser de risco
tanto para eles quanto para os seres humanos – o município fornece apoio em
ações conjuntas ou é protagonista em ações de resgate”, exemplifica Evaristo.
Fonte: Bem Paraná

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