Foto: Reprodução/TV
Anhanguera
Além da vegetação
destruída pelas queimadas os animais também têm sido vítimas dos incêndios
florestais no estado. Muitos morrem tentando escapara das chamas e outros
acabam ficando órfãos. No início desta semana um filhote de onça pintada foi
encontrado morto com as patas e orelhas queimadas. Outro exemplo é um
filhote de macaco bugio, que foi resgatado após se perder da mãe durante uma
queimada.
O Tocantins registrou quase sete mil focos de queimadas
só esse ano. O número é 20% maior do que no mesmo período de 2020. Os animais
silvestres e até de fazendas têm sido as principais vítimas e aqueles que
conseguem fugir das chamas sofrem com as consequências.
O clima seco, os ventos fortes e a vegetação que
contribuem para que agosto e setembro sejam meses mais críticos quando se trata
de fogo.
“Nós temos um déficit hídrico onde neste ano nós
tivemos apenas 1.270,6 milímetros de chuva com destaque para o mês de
fevereiro. Os demais meses muito abaixo do normal, com isso a vegetação secou e
os incêndios estão aumentando”, disse o coordenador da Defesa Civil de Talismã,
João Carlos.
Nem sempre conseguir se livrar das chamas é
sinônimo de sobrevivência garantida para os animais. Pois depois que o fogo acaba
deixa para trás uma vegetação destruída e os animais sem abrigo ou alimento,
muitos deles feridos na fuga.
No Centro de Fauna do Tocantins (Cefau) em Palmas,
onde animais silvestres resgatados passam por reabilitação, um filhote de
macaco bugio recebeu abrigo depois de se perdeu da mãe durante uma queimada na
região de Gurupi. O filhote de quase cinco meses não vai mais poder voltar para
natureza.
“Quando o fogo passa causa uma grande devastação.
Com isso ocorre também a diminuição dos alimentos desses animais, tanto a parte
carnívora que os animais promovem fuga, como a parte herbívora dos animais que
comem frutas. Também existem muitas sequelas nos animais provocadas pelas
queimadas, sejam elas pulmonares ou queimaduras. Outros animais, na época de
reprodução, a fêmea promove a fuga deixando para trás alguns filhotes”, disse o
veterinário do Cefau, Gabriel Rocha Freitas de Campos.
Foto: Divulgação
Fonte: G1


Nenhum comentário:
Postar um comentário