Mariana Dandara | Redação ANDA
Foto: Reprodução
A Prefeitura de Magé,
no Rio de Janeiro, revelou que a causa da morte de cachorros vacinados durante
a campanha municipal de combate à raiva foi a aplicação de insulina no lugar da
vacina antirrábica. Além das vítimas fatais, dezenas de cães e gatos
apresentaram fortes reações.
Nesta quarta-feira (8),
mais uma morte foi registrada, subindo para 11 o número de cachorros mortos.
Todos receberam insulina no sábado (4) após participarem da campanha de
vacinação na Unidade de Saúde da Família do Britador, no bairro Santo Aleixo.
Além da sindicância
aberta pela prefeitura, que levou à descoberta da causa das mortes, uma
investigação também foi iniciada pela polícia, com inquérito aberto na 65ª
Delegacia de Polícia de Magé.
A administração
municipal afirma que os animais foram mortos em decorrência de falha humana e
garante que não há qualquer indício de irregularidade no lote de vacina
distribuído pela Secretaria Estadual de Saúde para os 92 municípios do Rio de
Janeiro.
Diante da descoberta da
causa das mortes, a nova data para a imunização contra raiva para animais da
capital do estado foi confirmada. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do
Rio de Janeiro, a vacinação será realizada no dia 25 de setembro.
“A cachorra era uma
filha nossa”
Uma das vítimas fatais
da aplicação errada durante a campanha de vacinação em Magé foi a cadela
Trigesa, que tinha 16 anos e era companheira inseparável de seu tutor, Mário
Silva.
No último sábado (4), a
cachorra foi vacinada e morreu pouco tempo depois. “Como de praxe na época de
vacina, eu costumo trazer minha cachorra no PSF. Eu trouxe, não foi diferente
sábado”, disse Mário ao G1. Segundo ele, Tigresa morreu no mesmo dia.
“Eu corri no quintal,
ela estava total tremula, gritava muito, eu fiquei desesperado. A cachorra
saudável, retornei no meu quintal e minha cachorra estava morta igual a um pau,
aquilo me doeu muito, é uma vida, a cachorra era uma filha nossa”, desabafou.
Funcionários serão
exonerados
Antes mesmo de ter sido
confirmado que os animais receberam insulina em vez de vacina, a
Secretaria Municipal de Saúde de Magé já havia levantado essa hipótese e
afirmado que, caso isso se confirmasse, os funcionários envolvidos seriam
exonerados.
“De um total de quase
36 mil doses aplicadas no último sábado, em 53 postos de vacinação, apenas uma
única unidade registrou as reações”, pontuou a prefeitura, que explicou ainda
que “toda a equipe envolvida no processo de vacinação ocorrido na unidade foi
afastada por ato da Secretaria de Saúde, na segunda feira (6)”.
Segundo a administração
municipal, “se forem confirmadas as suspeitas, os agentes que atuaram na
unidade serão exonerados e todos os documentos do processo administrativo serão
encaminhados às autoridades policiais para a responsabilização penal”.
O caso é acompanhado
pelo Ministério da Saúde, que foi notificado pela Secretaria Estadual de Saúde
(SES) do Rio de Janeiro.
Fonte: anda.jor.br


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