O cachorro que foi resgatado após ser enterrado vivo em um
terreno às margens da Rodovia Antônio Romano Schincariol, entre Boituva e Tatuí
(SP), passou por uma cirurgia de reconstrução do pescoço que durou mais de
cinco horas na quarta-feira (16).
De acordo com a União Protetora dos Animais(UIPA), o animal
tinha um corte profundo e o procedimento foi difícil, já que teve que retirar
parte da pele para enxertar os ferimentos do pescoço, que ficou infeccionado
após a mutilação e contato com a terra.
“A
cirurgia demorou mais que o esperado, foi delicada, por conta também da
traqueia estar toda dilacerada. Ele está com sonda e na recuperação” , contou a
presidentes da ONG, Fernanda Nery.
Apesar do
procedimento invasivo, o Menino, nome dado pela equipe da UIPA, resistiu e está
sendo monitorado por profissionais. Por conta da cirurgia, o animal está se
alimentando por meio de sonda esofágica.
“O caso dele é grave, mas aguentou a cirurgia e isso já é um
grande sinal. Precisamos torcer para que os rins melhorem, para a cicatrização,
para os antibióticos fazerem efeito e para que o enxerto se adeque a região. Se
Deus quiser, ele ficará bem”, explica Fernanda Nery.
Enterrado vivo
De acordo com a UIPA, o animal de aproximadamente 6 anos foi
encontrado no domingo (12) por um casal de Itapetininga (SP). Segundo o boletim
de ocorrência, os moradores viram uma pessoa com uma enxada nas mãos, na altura
do quilômetro 28, e pararam para verificar a situação.
Conforme o BO, o
casal fez perguntas ao homem, mas ele colocou a enxada no porta-malas do carro
e saiu rapidamente do local. Logo depois, os moradores encontraram um monte de
terra com uma pequena parte da cabeça do cachorro, que agonizava, segundo a
associação.
Ainda de acordo com o registro policial, o casal cavou o buraco
e resgatou o cão. Os moradores continuaram a viagem que faziam até a casa de
parentes em Boituva e, na segunda-feira (13), levaram o animal até o
Ambulatório Municipal Pet de Itapetininga.
Segundo a prefeitura,
o cão da raça Dachshund (conhecida popularmente como “salsicha”) recebeu
cuidados como aplicação de soro, assepsia, sedação e curativo. Depois, em
parceria com a UIPA, ele foi transferido para uma clínica em Botucatu para tratamento
especializado.
Um boletim de ocorrência por maus-tratos foi registrado na
terça-feira (14) na delegacia de Tatuí, e o caso é investigado pela Polícia
Civil.
A prefeitura disse ainda que, como testemunhas do atendimento,
os profissionais do Ambulatório Municipal Pet estão à disposição das
autoridades competentes para colaborar nas investigações do caso.
Fotos: União Protetora do Animais de Itapetininga/
Divulgação
Por Rafaela Zem /
Eduardo Ribeiro Jr.
Fonte: G1





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