Por Jacqueline Freire – jornalista
Gatos
com Hiperplasia Fibroepitelial Mamária
Foto: arquivo pessoal
Uma
recente pesquisa realizada na Universidade Federal de Alagoas vem alertando a
bancada federal sobre uma possível revisão na forma de comercialização de
medicamentos hormonais (progestinas) sem controle de receita veterinária em
todo o país, vendidos com o intuito de se evitar a reprodução de cadelas e
gatas.
O estudo, realizado pela médica veterinária e
pesquisadora Evelyne Marques de Melo, do mestrado em Saúde Animal, mostrou que
o uso da progestina pode estar relacionado ao acometimento de várias doenças,
com maiores prejuízos à espécie felina, a exemplo da Hiperplasia Fibroepitelial
Mamária (HFMF).
Ainda
segundo a pesquisa, a doença HFMF ocorre de modo mais grave e complexo com
risco de óbito nos felinos expostos a um fármaco hormonal à base de
progesterona, utilizado com finalidade contraceptiva. “O grande problema é que
estes fármacos são comercializados em todo o país sem controle
médico-veterinário, ou seja, não se exige receita prescrita para o acesso de
compra e venda nas lojas agropecuárias e farmácias veterinárias, o que tem
resultado em uso indiscriminado generalizado por pessoal inabilitado
(tutores/donos dos animas e pelos comerciantes), que por não compreenderem
tecnicamente os momentos exatos do ciclo reprodutivo animal a ser administrado
o fármaco, facilitam doenças sérias”, explica a pesquisadora.
A
legislação que trata do controle de fármacos veterinários da classe dos que
interferem no metabolismo animal não incluiu o rigor de receita veterinária
para os hormônios femininos (progestinas) contemplando somente o controle para
os hormônios masculinos (derivados de testosterona).
Foto: Ascom Ufal
Segundo Evelyne, um dos maiores feitos da pesquisa é poder contribuir para uma mudança no cenário nacional por meio da produção acadêmica da Ufal. “Já se encontra em mãos do Secretário Executivo do Mapa [Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento] documento formulado explicando o problema. O pleito foi levado pela via parlamentar federal por meio do presidente da Frente Parlamentar de Proteção dos Direitos dos Animais, o deputado Marx Beltrão, e uma discussão técnica será convocada”, explicou.
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E
continua: “Ao nosso observar, há indicativo de inclusão das progestinas na Lista
C5, referente às substâncias sujeitas ao controle especial quando utilizadas
por veterinário, com vistas à garantir segurança comercial neste país
minimizando agravos aos animais ao qual o fármaco de destina”.
Fonte:
Ascom Ufal



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