Jovens e adolescentes montados em cavalos circulando livremente
pelas ruas da Ilha têm se tornado ao longo dos últimos meses uma cena comum. Enquanto esses “cavaleiros” se divertem, os equinos
aparentam estar abatidos e com a saúde frágil. Moradores denunciam o fato
constantemente na coluna Boca no Trombone do Ilha Notícias, devido ao
aparente descuido com a saúde dos animais.
Segundo moradores, esses cavalos são vistos com mais frequência
no terreno da Transpetro, por onde passam os dutos, na Rua Chapot Prevost, na
Freguesia. Eles passam à noite pastando no local e são pegos de manhã por um
grupo que se diverte usando como montaria. Uma moradora da orla da Praia da
Freguesia, que preferiu não se identificar, afirma que há dois meses aos finais
de tarde, tem visto diversos jovens com cavalos nas areias da praia.
— É uma coisa desumana. Eles apostam corrida na extensão de toda
faixa de da areia, que já é pequena. Quando eles chegam, às famílias que estão
na praia até se afastam. Já flagrei várias vezes eles entrando no mar com os
animais. É maldade pura ver o sofrimento, e quando vou reclamar ainda sou
intimidada — afirma.
Os cavalos costumam circular pelas ruas dos Bancários, na
Estrada do Dendê, Aterro do Cocotá, Galeão, Corredor Esportivo, Tubiacanga e
Parque Royal e podem ser vistos a qualquer hora do dia, de acordo com moradores
das localidades.
A punição à crueldade para com os animais está prevista na
constituição Federal, que criminaliza quem submete cavalos a trabalhos
excessivos, privação de alimentos e falta de cuidados. A pena chega a ser de
três meses a um ano de reclusão, multa, e potencial para a pena aumentar em até
um sexto, caso o animal morra. O setor de inteligência do 17ºBPM informou que
vai listar os locais onde esses maus-tratos são denunciados e realizar uma
operação conjunta com o Comando de Polícia Ambiental (CPAm).
Todas as solicitações de denúncia ou de resgate são realizadas
pelo canal oficial da prefeitura pelo número 1746. As denúncias também podem
ser feitas de forma anônima pelo Programa Linha Verde, do Disque Denúncia, por
meio dos telefones 2253-1177 e 0300-253-1177.
Fonte: Ilha Notícias


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