Sabe aquela história de que quem menos tem, é quem mais ajuda? Então…
Com tantas notícias tristes sobre
maus-tratos e abandonos de animais, histórias como essa nos fazem lembrar de
como existem pessoas boas que transbordam aquilo que dinheiro nenhum pode
comprar: amor.
Ao contrário das pessoas que, mesmo possuindo boas condições
financeiras, abandonam os seus animais, o morador de rua Luiz Fernando Gomes de
Araujo, de Santos, São Paulo, acolheu um cachorro, que considera a sua única
família. O homem. que não tem passagens pela polícia, afirma não usar drogas e
nem beber, e está vivendo no bairro Marapé.
A história de Luiz com seu cachorrinho aconteceu a cerca de seis
anos, ele encontrou o seu cão, chamado Joe, no porto da cidade, quando dormia
por lá. Joe, como conta, foi abandonado por uma mulher que morava na região e
ao vê-lo à própria sorte, assim como ele, resolveu cuidar do cãozinho.
“O pessoal daquela região contou que ele morava em um
apartamento e que a dona não podia mais ficar com ele. Como não achou quem
adotasse, soltou o bichinho lá e eu achei. Ele não tinha um pedaço da orelha e
estava com carrapatos, mas eu tratei ele”, relembra.
E não é porque eles moram na rua, que Joe não tem acesso aos
cuidados básicos e necessários do cotidiano. Segundo o morador de rua, Joe além
de ser muito amado, é também bem-cuidado.
“Levo para passear de coleira, dou banho no chuveirinho da
praia. Ele tem o sabonete dele. Tinha pasta e escova de dente também, mas
roubaram. Vai ao veterinário quando precisa”, explica, comentando que o
cachorro é atendido gratuitamente por uma clínica do bairro. Os mimos continuam
quando é hora de comer. “Ele tem a ração dele, mas prefere arroz com carne na
hora do almoço. É metido”, brinca.
Apesar de poder proporcionar o mínimo de condições razoáveis
para sobreviver, Luiz expressa o seu temor de viver na rua, especialmente pela
hipótese de roubarem o seu cãozinho, que já recebeu, inclusive, proposta de R$
2 mil para ser vendido, oferta que foi recusada pelo dono.
“Depois, uma mulher perguntou se eu queria um valor maior, que
ela pagava. Não vendo esse cachorro por nada, ele é a minha família”, conta.
“Onde ele for eu vou, porque é ele quem me puxa”.
O objetivo do homem, agora, é conseguir um emprego para poder,
enfim, sair das ruas e manter o seu companheiro completamente seguro. “Tudo o
que eu mais quero é ter um teto só nosso. Aí não vou precisar acordar
preocupado com ele e com as minhas coisas”, conclui.
Fotos: Arquivo Pessoal / Andrea Grosso
Por
Ana Caroline Haubert
Fonte: Amo Meu Pet
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