Mayke Toscano/Gcom-MT
Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon), divulgados na última segunda-feira (18), revelaram um
aumento no desmatamento da Amazônia. Em abril deste ano, a área desmatada
superou o que foi registrado nos últimos 10 anos. Foram 529 quilômetros
quadrados destruídos.
Foi registrado um aumento de 171% no desmate em
comparação a abril de 2019. Os dados, obtidos através do Sistema de Alerta do
Desmatamento (SAD), também mostram que 32% das áreas desmatadas estão no Pará.
Mato Grosso tem 26% do desmatamento, seguido de
Rondônia, com 19%, e Amazonas, com 18%. Desde o início do ano, 1.073 km² de
mata nativa foram desmatados.
O desmonte da política ambiental, promovido pelo
governo Bolsonaro, colabora para o aumento do desmatamento. Dentre os tantos
retrocessos promovidos pelo presidente, a criação de um órgão para reavaliar
multas ambientais é uma das medidas que deu força à impunidade. O discurso
desenvolvimentista do presidente, que defende a expansão de atividades que
geram lucro a qualquer custo, também prejudica o meio ambiente, dando força aos
desmatadores, que se sentem livres para agir, respaldados pelo Palácio do
Planalto.
O aumento do desmatamento registrado em abril
ocorre justamente em meio a pandemia de coronavírus, somando as mais de 17 mil
mortes causadas pelo vírus no Brasil à destruição da natureza e, por
consequência, às mortes de animais selvagens que, sem seu habitat,
frequentemente perdem a vida.
Dentre as vítimas do vírus, estão os indígenas,
defensores ferronhos da natureza. Especialistas e autoridades se preocupam com
a possibilidade da doença dizimar as comunidades indígenas do norte do país.
Fonte: anda.jor.br
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