Diante da divulgação
de mensagens falsas sobre a prevenção ao Covid-19, o Conselho Regional de
Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT) emitiu uma nota na quinta-feira
(19) esclarecendo que existem vacinas contra o coronavírus para cães, mas que
não se trata desse novo vírus que está circulando e que não pode ser aplicada
em humanos.
Está
circulando nas redes sociais um vídeo em que um homem apresenta uma caderneta de
vacinação de seu cachorro com um adesivo da vacina “Vanguard HTLP 5/ CV-L”,
destinada à prevenção do coronavírus canino. No vídeo, o homem diz: “Esse vírus
não é novo, gente. Até meus cães estão imunes a esse vírus. Meu cachorro está
mais imunizado do que eu? Eles vêm falar agora que estão fabricando essa
vacina? Me poupe. Esse vírus é antigo”. A mensagem é #FAKE.
De acordo
com o Conselho, o coronavírus existe desde a década de 1960 e age de forma
diferente em cachorros, se manifestando principalmente como uma gastroenterite,
como vômitos e diarreia. O contágio acontece somente entre cães.
O novo vírus
surgiu no final de 2019 e é uma variação do primeiro coronavírus que surgiu há
60 anos. E não há comprovação de infecção em cães e gatos, principalmente de
transmissão entre humanos e animais.
O conselho
informou que as vacinas múltiplas como a V8, V10 e V12, específicas para cães
contra o coronavírus são exclusivas de uso veterinário e protegem apenas os
caninos contra o coronavírus que surgiu antigamente.
Essas
vacinas já utilizadas nos cães não se aplicam aos humanos e não imunizam contra
a Covid-19, diz o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso.
“Por fim, salientamos que as vacinas utilizadas em
animais não passam por nenhum tipo de ensaio clínico para uso em humanos,
justamente por isso, elas não devem ser usadas em outros que não os cães e
gatos, podendo causar reações graves e fatais como o choque anafilático”, diz
nota.
Em felinos,
o coronavírus pode causar uma infecção severa entérica e neurológica, altamente
contagiosa, às vezes letal e transmitida apenas entre gatos.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que a população fique atenta e não
compartilhe notícias falsas. Todos os dias o Ministério da Saúde juntamente com
dados repassados pelas Secretarias Estaduais divulgam boletins epidemiológicos
com atualização da doença.
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