Por
Fátima ChuEcco
-
Animais domésticos podem contrair o coronavírus nas
versões canina e felina, que não são transmissíveis para as pessoas, conforme
esclarece a veterinária Karka Bruning de Oliveira.
Fotos Bianca Krause/Pixabay
Com a chegada do coronavírus no Brasil, o
CONVID-19, é muito importante esclarecer que os animais domésticos não são os
transmissores dessa doença para as pessoas, conforme têm declarado vários
veterinários. Espalhar as informações corretas pode evitar a crueldade que está
acontecendo na China, com vários cães e gatos sendo abandonados nas ruas.
Bastou um comunicado de uma cientista chinesa
recomendando que os animais domésticos de regiões atingidas pelo coronavírus
ficassem de quarentena, para que o pânico se espalhasse por toda a China e,
especialmente, em Wuhan (epicentro da doença), onde cães e gatos começaram a
ser mortos em ambientes públicos em cenas de brutalidade explícita.
A médica veterinária da Esalpet, Karla Bruning de
Oliveira, esclarece que cães e gatos podem contrair o coronavírus, mas em suas
configurações caninas e felinas, que não são transmitidas para os humanos.
“A coronavirose é uma doença comum em cães e gatos.
Nos cães, a forma mais registrada é a gastroentérica, transmitida por meio do
contato com fezes contaminadas. Ela causa sintomas muito semelhantes ao da
parvovirose, como vômito e diarreia com perda de sangue. O vírus destrói as
vilosidades do intestino do animal e provoca gastroenterite hemorrágica”,
explica.
“Nos gatos, a coronavirose é causadora da
peritonite infecciosa felina, uma doença grave também transmitida pelo contato
com as fezes. A infecção por coronavírus nesses animais não tem cura e o
tratamento consiste em melhorar a imunidade do gato com o intuito de diminuir a
progressão da doença. os sintomas podem variar dependendo da resposta imune do
organismo, mas em grande parte dos casos é possível identificar, perda de
apetite e peso, aumento gradual do abdômen, febre persistente, pelagem sem
brilho, alteração neurológica como a queda da traseira, e algumas
vezes infecções oculares, alteração de cor e irregularidade nas pupilas”,
continua.
“Já nos cães, a doença muitas vezes vem acompanhada
de outros vírus, como o da parvovirose. Quando a infecção é mais branda, por um
único vírus, o tratamento é mais eficaz, e o internamento com medicações
adequadas tem diminuído significativamente o número de óbitos. Nos cães, o
vírus coloniza o intestino, portanto os sintomas sempre são associados a esse
órgão como diarreia aguda , vômitos, dor abdominal, dificuldade em defecar e
desidratação”, ressalta.
Prevenção
Segundo a veterinária, no caso da coronavirose
felina existe uma vacina importada disponível, mas a sua proteção é controversa
e alguns gatos não respondem bem. “No Brasil, a vacina contra coronavirose
felina não faz parte do quadro de vacinação, portanto a melhor forma de prevenir
é sempre manter o local onde o gato vive limpo e higienizado. O mesmo vale para
os cães quanto a higiene, além disso, é fundamental manter as vacinas
polivalentes em dia, respeitando os esquemas iniciais e anuais de vacinação”,
conclui.
Fonte: anda.jor.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário