Moradores de Palhoça, na Grande Florianópolis,
criaram um “cãodomínio” para cuidar de animais abandonados na cidade. O espaço
que abriga os bichinhos tem várias casinhas, água, alimentação e até uma horta
para a comunidade.
O projeto começou há 9
anos pela funcionária pública Sandra Nunes, no bairro Pagani. Primeiro, os
novos moradores de quatro patas precisavam de estrutura. Ela conta que
conseguiu comprando com recursos próprios.
“Eles ficavam nas construções, conforme ia acabando
os prédios eles eram postos pra fora. Aí eu disse, eu não posso deixá-los no
relento. Aí comprei casinha, aí foi indo.”
As casinhas são bacanas, não falta água e muito
menos comida. Os animais são cuidados por um grupo de voluntários que se reveza
na atenção e na garantia de que os maus tratos e o abandono são coisas do
passado. Toda comunidade ajuda.
“Cãodomínio foi o nome que nós, os grupos dos dogs
e todos os moradores daqui, fizemos esse nome devido a todos participarem a
tratá-los”, disse a dona de clínica, Beatriz Varella.
“Volta e meia estou passando aqui na rua, a gente
tenta ajudar, dar o que eles precisam, a gente sempre vê alguém aqui em contato
com eles, botando água, ração”, falou a gerente administrativa, Aline da Rosa.
E ninguém da vizinhança reclama.
“Pra nós é um prazer, toda a vez chegando em casa,
vendo um bichinho ali, vindo fazer um carinho com a gente. É tão gostoso”,
relatou o advogado Gustavo Folle de Morais.
“Isso deve ser um exemplo a ser seguido por toda a
sociedade, porque Palhoça tem um contingente enorme de cães abandonados, mas
também tem os espaços que podem ser utilizados para este fim”, falou a
voluntária Rosemary Marques, que é presidente da ONG Aprap.
Horta comunitária
E se engana quem pensa que o cãodomínio é só para
os bichinhos. Os moradores também estão transformando a área em um espaço de
encontro e convivência. Alexandre e Aline Koaski recém se mudaram para o
bairro, mas já estão engajados. A horta é responsabilidade deles.
“Resolvi plantar uma horta pra eles e cada um que
quiser retira uma a vontade, mas precisa trazer uma mudinha”, disse Alexandre.
No cãodomínio só existe uma regra, estar em
harmonia. “O amor que eles nos dão vai nos transformar”, finalizou Sandra.
Fonte e foto: G1

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