Fotos: Stella McCartney
Stella McCartney está lançando um casaco de pele
artificial sustentável feito de um novo material chamado Koba.
No desfile de moda da primavera de 2020 da
estilista em Paris, a modelo Natalia Vodianova usava um casaco preto de pelúcia
de Koba, de acordo com a Vogue Business. A pele feita de Koba possui 37% de
materiais à base de vegetais, incluindo poliéster misturado com um subproduto
do milho. Fiel ao estilo de moda sustentável praticado por McCartney, material
pode ser reciclado no final do ciclo de vida da pele.
“Eu acho que moda também envolve o futuro, e você
não precisa sacrificar seu estilo pela sustentabilidade”, disse McCartney nos
bastidores do desfile. “Eu queria tentar desenvolver uma pele falso que fosse
prioritariamente mais sustentável”.
Do que são feitas as peles artificiais?
Um número crescente de designers de luxo abandonou
o uso de pele de animais nos últimos anos, incluindo Versace, Gucci, Jean Paul
Gaultier e Diane von Furstenberg. Em março passado, a Amsterdam Fashion Week
anunciou que a pele esta permanentemente banida de seus desfiles. O tratamento
dos animais pela indústria de peles é o fator determinante na maioria das
decisões.
“Pele? Eu estou fora disso. Eu não quero matar
animais para fazer moda. Isso é errado”, disse Donatella Versace em uma
entrevista em março de 2018 à revista The Economist’s 1843.
No entanto, muitos defensores da indústria de peles
argumentam que a pele falsa é menos sustentável. Geralmente ela é feita de
plástico como poliéster virgem ou acrílico. Nenhum desses materiais é
biodegradável. Mas designers como McCartney estão ajudando a liderar a mudança
em direção a peles artificiais sustentáveis.
“O poliéster não tem a mesma qualidade que queremos
e o modacrílico (tecido sintético feito de (acrilonitrila) não nos dá a
sustentabilidade desejada”, disse Claire Vogue Bergkamp, diretora mundial de
sustentabilidade e inovação de Stella McCartney, à Vogue Business. “Estamos
trabalhando para preencher lacuna”.
Futuro sustentável da pele falsa
O Faux Fur Institute (Instituto da Pele Falsa), com
sede em Paris, também está trabalhando para fazer a ponte entre a moda livre de
crueldade e a moda ecológica. A organização desenvolveu o SMARTFUR, um roteiro
para tornar a pele vegana mais sustentável.
De acordo com a declaração de sua missão, a
entidade declara que “a dependência de matérias-primas à base de óleo para
peles artificiais não pode ser ignorada. Acreditamos que todos os
desenvolvimentos no campo dos sintéticos à base de vegetais, poliéster e
acrílico reciclados oferecem novas opções”.
O instituto lançou o OPENFUR, um concurso que
desafia os designers a desenvolver peles sustentáveis usando fibras sintéticas
e à base de vegetais.
O Faux Fur Institute está trabalhando em pareceria
com várias organizações, incluindo o artesão de peles veganas sustentáveis
ECOPEL, que criou o Koba com um desenvolvimento colaborativo usando as fibras
da DuPont Sorona. Segundo a empresa, a pele de Koba emite 63% menos gases de
efeito estufa do que aquelas feitas de poliéster convencional. A pele falsa
desenvolvida pelo ECOPEL chamou a atenção de vários designers de luxo,
incluindo McCartney.
Fonte: anda.jor.br


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