A Prefeitura
de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, decretou o fim das atividades das
charretes, com tração animal, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na tarde
de sexta-feira (29).
O município
informou que a determinação ainda será publicada no Diário Oficial e que o
serviço das vitórias não poderá mais ser oferecido na cidade a partir deste
sábado (30).
A decisão
ocorre cinco meses depois da realização de um plebiscito durante as eleições
onde a maior parte da população votou pelo fim da atividade.
Ao G1, os
charreteiros informaram que ainda não foram notificados.
“Como que para assim? Como vão ficar nossos animais? Cadê
as charretes elétricas que iam substituir?”, questiona a charreteira, Cibele
Raposo.
O município
disse que montou um grupo de trabalho que estuda alternativas para eles, como a
realização do serviço de outra forma, sem a utilização dos cavalos, e discute
também as questões de bem-estar animal e de turismo.
“Todos os segmentos serão contemplados”, disse o prefeito
Bernardo Rossi, mencionando que houve um espaço grande de tempo entre a
realização do plebiscito, a comunicação da Câmara de Vereadores e notificação
do Executivo sobre a decisão.
Alternativas
A Secretaria
de Assistência Social cadastrou todas as 15 famílias – 48 pessoas – que fazem
parte do grupo de charreteiros. Segundo a Prefeitura, cada caso está sendo
estudado individualmente para que sejam apresentadas soluções de
empregabilidade de acordo com cada cenário.
“Estamos
estudando opções de treinamento e outros tipos de assistência possível para as
famílias. Não vamos deixar os charreteiros desamparados”, garantiu Renato
Couto, secretário de Meio Ambiente e relator do segmento Substituição das
Charretes.
Segundo a
Prefeitura, o termo de referência obrigatório para o edital de licitação para
charretes elétricas está sendo elaborado.
“Estamos
trabalhando para criar um projeto que permita a continuidade da atividade,
atendendo ao turismo, mas sem a tração animal. Precisamos explorar o potencial
da nossa cidade da melhor maneira possível, respeitando o resultado e o desejo
da população”, secretário da Turispetro, Marcelo Valente.
Para a
protetora de animais, Ana Cristina, da Ong Anima Vida, todas as alternativas
apresentadas ainda estão em fase de especulação.
“Só tem
promessa! Tudo está em fase de estudo e quem é que vai manter os cavalos nesse
período? E as famílias, como ficam?”, questiona.
Para a
protetora, o decreto da Prefeitura é “imoral”. “Considero uma falta de respeito
porque essas pessoas [os charreteiros] exerciam uma atividade legalizada,
cumprindo com suas obrigações”, argumenta.
Incidente
Nesta
semana, uma mulher flagrou um cavalo de charrete turística caído em uma rua de
Petrópolis. Carolina Schmidt disse que estava passando de carro, quando viu o
animal escorregando e caindo.
Um grupo de
motoristas que estava passando pelo local ajudou a levantar o cavalo, que
seguiu viagem. Segundo a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes
(CPTrans), que fiscaliza o serviço na cidade, o animal não sofreu danos.
Por Aline Rickly, G1 — Petrópolis
Fonte: G1//// Fotos: Carolina Schmitt/ Arquivo Pessoal
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