Foto: Reprodução/EPTV
O tutor do cachorro que morreu após
ser encontrado acorrentado dentro de casa e um amigo dele, que supostamente
ficou responsável por cuidar do animal enquanto a família viajava, foram
indiciados por maus-tratos em São Joaquim da Barra (SP).
Segundo o delegado Hugo Ravagnani, o
tutor do cão disse que pagou a um amigo para cuidar do animal, enquanto ele e a
mulher, que está grávida, viajavam durante o recesso de fim de ano. Esse homem
negou a versão e afirmou que também viajou no mesmo período.
“Foram juntados os vídeos, as fotos,
o laudo do veterinário, e tudo foi encaminhado à Justiça, comprovando que,
realmente, o crime aconteceu e que os dois são responsáveis, muito embora a
versão deles seja diferente. Agora está a cargo da Justiça”, afirmou.
O cachorro foi encontrado agonizando
preso dentro de casa por um vizinho, em 6 de janeiro. A Polícia Militar
arrombou o imóvel e acionou um veterinário. O cão foi resgatado com
desnutrição, danos neurológicos graves e, apesar de medicado, não resistiu.
Vizinho da família, o funileiro
Cláudio Roberto Tomaeli contou que o cachorro estava acorrentado e deitado no
chão. Sobre ele estava uma bicicleta e as patas presas ao raio de uma das
rodas. Havia mosquitos no local, e nenhum sinal de comida ou água.
Após a morte do animal, o caso passou
a ser investigado pela Polícia Civil. O inquérito foi concluído na quarta-feira
(16), quando o amigo do tutor do cachorro prestou depoimento. O delegado não
divulgou as identidades dos envolvidos.
“Ele falou que teve que viajar, que saiu.
Até de forma irresponsável, abandonou tudo e foi viajar. Ele reconheceu, porque
fala que não tinha obrigação nenhuma, que não pagaram nada para ele. Os dois
foram responsabilizados”, afirmou Ravagnani.
Ainda segundo o delegado, a família
dona do cachorro não retornou a São Joaquim da Barra porque está com medo de
sofrer represálias, diante da repercussão do caso.
“A mulher teve problema com a
gravidez, parece que estão se mudando de cidade. Eles não vão retornar, porque
estão todos apreensivos. A mulher está fora da cidade com os familiares dela”,
disse.
O inquérito foi encaminhado ao
Juizado Especial Criminal (Jecrim), por se tratar de crime de menor potencial
ofensivo. A pena para o crime de maus-tratos aos animais varia de três meses a
um ano de detenção, e multa.
Fonte: G1
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