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sábado, 1 de dezembro de 2018

Cultura cruel:Touros têm seus chifres incendiados durante festival na Espanha


Por Julia Cortezia, ANDA

Imagens capturadas por ativistas denunciaram parte de uma tradição espanhola anual, na qual tochas de fogo são amarradas em chifres de touros.
A tradição, que acontece em festas no segundo final de semana de novembro, é marcada por animais aflitos enquanto homens amarram estacas de madeira com alcatrão altamente inflamável em seus chifres.
As fotos capturadas do evento foram feitas pela organização espanhola de direitos animais AnimaNaturalis durante o festival anual Toro Jubilo, na cidade de Medinaceli, em Soira, na Espanha.

As filmagens e a fotografia são estritamente proibidas no evento, no entanto, a organização afirma que eles se infiltraram para revelar a extensão do abuso que os touros estavam sendo submetidos.
O angustiante evento “Fire Bull”, que acontece anualmente nos últimos séculos, costuma atrair cerca de 1500 pessoas.
Antes do início da cerimônia, o animal é preso para não poder fugir enquanto homens prendem as estacas de madeira em seus chifres, cobertas com alcatrão.
Em seguida, o animal é cercado por cerca de 20 homens que usam sua força bruta para atear fogo nos chifres.

As imagens chocantes mostram o touro assustado correndo em torno de um anel improvisado para tentar apagar as chamas. De acordo com a organização, o fogo pode durar por horas.
Um porta-voz do grupo, disse: “O El Toro Jubilo de Medinaceli é um dos festivais populares mais aterrorizantes que ainda existem em nosso país”.
“Mas em várias regiões da Espanha, mais de 3 mil touros são queimados a cada ano e faz parte da missão da AnimaNaturalis acabar com todas as partes que incluem o abuso de animais”.
A diretora da PETA no Reino Unido, Elisa Allen, condenou o ato: “Este é o século 21, mas de alguma forma em um país supostamente civilizado, é aceitável que as multidões de rua assediem os touros que tiveram bolas de piche em chamas presas aos seus chifres”.
“As bolas de fogo podem queimar por horas, e queimam os chifres, olhos e outras partes de seu corpo e causam tremendo estresse”.
Ela também afirma que muitos animais tentam acabar com a dor esmagando-se nas paredes.
“Embora diferentes culturas possam não entender os outros costumes, todos os motivos humanos compreendem a crueldade. Incendiar um animal vivo é claramente sádico”, ela completa.
Grupos de campanha dos direitos animais têm tentado proibir o esporte.
No entanto, as autoridades espanholas designaram o festival como um “evento cultural”. Portanto, permite que continue apesar da condenação dos grupos e da maioria dos espanhóis.
Mais de 90 mil pessoas assinaram uma petição para que o Papa Francisco intervenha na prática.
(Foto: AnimaNaturalis)
Fonte: anda.jor.br

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