Estender a mão a animais debilitados,
que têm poucas chances de uma vida nova, é o caminho que a administradora Jane
Carolina dos Santos, 40, escolheu para seguir. “Não é qualquer pessoa que leva
um animal doente para dentro de casa”, conta. Ela já cuidou e doou cerca de
cem.
Jane foi uma das ativistas que
participou da retirada, em 2013, dos beagles do Instituto Royal – a empresa
fazia testes científicos em cães. Nessa época, conciliar resgates com trabalho
em empresa ficou difícil.
“Minha vida virou de cabeça para
baixo”, diz. Com o dinheiro da rescisão que recebeu, vaquinhas e o banho e tosa
que abriu, adaptou todos os cômodos da casa em que mora para cuidar dos cães
doentes.
Além de contar com a ajuda de profissionais,
fez um curso de auxiliar veterinário para se tornar uma espécie de “enfermeira”
dos animais. E foi em um resgate que realizou há dois anos, já tarde da noite,
que conheceu Fênix, sua pit bull. “Ela tinha um tumor enorme na barriga e
estava na clínica para a morte induzida. Eu assumi o caso.”
Os custos para cuidar de animais em
estado deplorável não são poucos: internação, medicação, cirurgias A dívida com
a clínica veterinária, explica, já passa dos R$ 90 mil.
“As pessoas ajudam no momento pois ficam
comovidas. Mas são tratamentos longos, não conseguimos doar o animal da noite
para o dia”, diz a protetora, que vive das arrecadações que faz nas redes
sociais e do próprio trabalho.
É claro que, em meio ao ônus, há o
bônus de dedicar a vida aos animais – como receber fotos da cachorrinha Anita,
que Jane resgatou tomada por 400 carrapatos há um ano e meio. Achou que ela não
ia sobreviver. “Mas foi adotada e hoje é uma ‘lady’. Saiu do lixo para o luxo.”
Seu foco não é resgatar só a saúde,
mas também a dignidade do animal. “Minha luta é para que eles não sejam mais
invisíveis aos olhos da sociedade”.
Fonte: R7(
foto: internet )
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