Estudantes do Colégio Estadual Duque
de Caxias denunciaram a agressão de um professor a um cachorro durante a
aplicação de uma prova na instituição, que fica no bairro da Liberdade. Segundo
os estudantes, a agressão aconteceu na quarta-feira (17). Um vídeo gravado por
uma aluna e que mostra a reação do professor diante do animal têm causado
revolta e discussões nas redes sociais.
Nas imagens, o homem vai para cima do
cachorro com um pedaço de madeira. Ele usa a madeira para tentar atingir o
animal, que seria um cachorro abandonado e entrou no estacionamento da escola
fugindo da chuva. O professor, identificado apenas como Luiz, ensina Química na
instituição.
De acordo com uma aluna, o cachorro
entrou no colégio por volta das 8h da quarta-feira, enquanto alunos faziam uma
prova. “Ele parecia ter sido atropelado ou estar com medo da chuva, porque
estava muito assustado. Como a sala tem janela para a garagem, o cachorro subiu
na janela e começou a latir e chorar. Parecia que achou que alguém ia
ajudá-lo”, relata a jovem, que preferiu não se identificar.
De fato, ela conta que os estudantes
– de uma turma do 2º ano do Ensino Médio – ficaram ansiosos para ajudá-lo. Foi
quando o professor se irritou. Primeiro, ele teria saído da sala com uma
mochila. Quando voltou, pegou o celular e ligou para alguém da escola tirar o
animal da sala. Uma funcionária tentou tirar o cachorro da janela, mas acabou
ficando com medo.
“Ele (o professor) voltou de novo com
uma sombrinha e um pedaço de pau. Com esse pedaço de pau, ele começou a bater
no cachorro”. Em seguida, o professor teria saído correndo atrás do cachorro,
que corria de medo. O animal saiu da escola, mas, pouco depois, retornou ao
estacionamento. “Ele voltou a correr atrás do cachorro”. O animal foi colocado
para fora por ele novamente.
Nos vídeos, é possível ver que os
estudantes gritam para que o professor pare de tentar atingir o cachorro. “Todo
mundo gritava, mas ele não respondia a gente. A turma toda ficou indignada”.
Ainda segundo a estudante, a direção do colégio tentou justificar a ação do
professor, dizendo que ele teria batido no ar ou no mato. “Mas a gente viu ele
bater no cachorro. A sala inteira viu. Foram muitas vezes. Ele (o professor)
disse que foi tentar defender a gente, mas o cachorro não estava fazendo nada”.
Após a confusão, o professor teria
dito que deixaria os alunos sem os pontos qualitativos – pontos de participação
que fazem parte da nota final. “Uma aluna gritou com ele e ele gritou de volta
e bateu na mesa dela. Ela saiu chorando e fez a prova na diretoria. Ele
expulsou outras duas alunas da sala. Nessa confusão, ninguém fez uma boa
prova”. O homem ainda teria insinuado que o cachorro era de algum dos alunos.
“Ele achou que o tutor estava na sala e começou a dizer que quem merecia
apanhar era o guardião do cachorro, sendo que na verdade não era ninguém. Ele
dava aula tranquilo, sempre brincava com a gente. Mas, naquele dia, não foi
assim”.
Segundo a estudante, o professor
teria sido afastado na quinta-feira (18). No Facebook, alunos postaram sobre o
ocorrido. “Foi horrível presenciar isso. Lamentável”, escreveu uma garota.
“Então, fica a situação: se ele agride um animal, ele facilmente pode agredir
uma pessoa, ou seja, um aluno. Fica a minha pergunta: será que uma pessoa dessa
pode ser professor?”, desabafou outro jovem, em seu perfil pessoal.
‘Medidas cabíveis’
Na tarde de sexta-feira (19), um
grupo de representantes de entidades da causa animal esteve no colégio para
conversar com a direção. No entanto, só encontraram o porteiro da escola,
segundo o presidente da União das Entidades dos Animais da Bahia (Unimais),
Carlos Ferrer. “As entidades de todo o estado já tomaram conhecimento não vamos
deixar isso passar em branco. Não tem como a gente achar que é normal”.
A vereadora Ana Rita Tavares (PMB),
que acompanha o caso, disse que vai adotar as providências judiciais para o
caso. “Ele vai ser denunciado no MP (Ministério Público do Estado), no Juizado
Especial Criminal, e vai haver uma ação contra o Estado da Bahia por danos
morais. Vamos pedir que seja aberto um processo disciplinar administrativo
pedindo a demissão dele”, anunciou.
Ana Rita acredita que o vídeo uma
comprovação da agressão. “É indesculpável, inadmissível. Além da dor do animal,
as crianças foram afetadas. Um professor com a conduta dele não pode
permanecer”. Nem a vereadora nem o presidente da Unimais prestaram queixa à
polícia.
Em nota, a Secretaria da Educação do
Estado da Bahia (SEC) informou que enviará técnicos à instituição “para apurar
o que aconteceu exatamente e adotar as medidas cabíveis”.
Fonte: Correio 24 Horas(
foto: internet )
NOTA DO BLOG: Professor vagabundo, bandido,
merece punição essa porcaria de ser humano. O Capeta espera por ele de braços
abertos nas profundezas do inferno.
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