As ações
de educação ambiental, realizadas durante essa semana, na Fiscalização
Preventiva Integrada do São Francisco – coordenada Ministério Público Estadual
(MPE), têm aliado jogos, brincadeiras, plantios de mudas de espécies nativas e
palestras para sensibilizar a população. As atividades organizadas pela equipe
do Instituto do Meio Ambiente (IMA), já envolveram aproximadamente mil
estudantes e seguem até o dia 26.
De modo
paralelo, a equipe que acompanha as ações voltadas para fiscalização na área de
fauna silvestre, montou, no município de Arapiraca, uma estrutura para
recebimento dos animais. Mais de 1,1 mil animais já foram apreendidos ou
recebidos pela equipe, a maioria: aves que seriam comercializadas em feiras da
região. Desses, 680 animais foram devolvidos à natureza.
“A equipe
de fauna também recepciona os animais resgatados que eram criados de forma
ilegal. Muitos deles se encontram em situações de maus-tratos, os quais, assim
que chegam na base e são avaliados, passam por tratamentos e cuidados intensivos
para sua recuperação”, comentou Epitácio Correia, gerente de Fauna, Flora e
Unidades de Conservação.
São duas
ações aparentemente diferentes, mas que colaboram entre si. Se por um lado, em
feiras e residências dos municípios da região de Arapiraca, a equipe já
encontrou passarinhos como galos de campina, papas capim e o pintor verdadeiro
– que é ameaçado de extinção. Por outro lado, realizou o plantio de cerca de
1,1 mil mudas de espécies de árvores nativas, como o Ipê, a Pata de Vaca, entre
outras.
“A
educação é a base de tudo e não poderia ser diferente na área ambiental.
Investimos muito em educação ambiental porque ela reduz as infrações.
Sensibilizamos as crianças para que elas hajam diferente”, comentou Gustavo
Lopes, diretor-presidente do IMA.
Dessa
forma, além dos plantios, as ações de educação ambiental – realizadas nos
municípios de Arapiraca, São Sebastião, Junqueiro, Craíbas e Limoeiro do Anadia
– envolveram aproximadamente mil estudantes, de escolas da rede pública da
região. Eles participaram, desde a segunda-feira (15), das ações que reúnem
jogos e brincadeiras, palestras e plantios.
“Levamos
palestras sobre temas como a fauna silvestre. Falamos sobre o problema da caça,
os tipos de animais que existem naquela região, as leis, perguntamos para as
acrianças quais animais eles já observaram na natureza e hoje não encontram
mais, e ainda incentivamos que eles conversem com os pais deles para entregar
ou soltar algum animal mantido em cativeiro”, comentou Pedro Normande, gerente
de Educação Ambiental.
O trabalho
é reforçado pela apresentação e exposição de apetrechos de caça apreendidos por
policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
Fiscalização
Além das
equipes de educação e de fauna, os técnicos do IMA/AL também estão integrados
com ações de fiscalização em outras equipes, como a de flora, sistema de
abastecimentos de água e esgoto sanitário, resíduos sólidos e extração mineral.
As ações são principalmente direcionadas no sentido de verificar possíveis
infrações cometidas na região do agreste.
Em cinco
dias de atuação, foram lavrados autos de infração para extração mineral
irregular, falta de licenças ambientais, descarte inadequado de resíduos sólidos,
lançamento de efluentes sem tratamento, desmatamento, depósito de madeira
nativa irregular, destinação inadequada de resíduos perigosos e matadouro
clandestino.
Alem do
IMA e do BPA, fazem parte da FPI do São Francisco, a Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), a Polícia Militar de Alagoas (PMAL),
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), a Polícia Rodoviária Federal (PFR/AL), entre outros órgãos estaduais e
federais.
As ações
das equipes da FPI tiveram início no dia 15 e seguem até 26 de maio.
Fonte:
Alagoas24horas.com.br ( foto: Ascom IMA
Alagoas )
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