Uma operação deflagrada pela Polícia
Civil de Porto Alegre (RS), chamada de Operação Puro Sangue, resgatou quatro
cavalos vítimas de maus-tratos e exploração por pessoas que os faziam carregar
cargas. De acordo com a polícia o caso ocorreu em um estabelecimento comercial
no bairro Anchieta localizado na divisa entre Canoas e Capita.
A operação que ocorreu em conjunto
com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), tinha como alvo os
carroceiros, denunciados por maus-tratos a cavalos, segundo a delegada Marina
Goltz. “A ação buscava os carroceiros que procuram o local para recolher frutas,
verduras e papelões em razão das inúmeras denúncias de maus-tratos recebidas
pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema)”.
Os responsáveis pelos animais foram
encaminhados ao Dema e responderão por maus-tratos contra os animais, com pena
de três meses a um ano, e multa. Os carroceiros que exploravam os cavalos nas
carroças, serão denunciados pelo descumprimento à lei municipal que proíbe a
circulação do veículo. Já os cavalos foram encaminhados ao Abrigo de Animais da
EPTC, localizado no bairro Lami, zona Sul de Porto Alegre.
A Lei das Carroças que entrou em
vigor na região no dia 10 de março deste ano, foi criada a partir da estratégia
de incorporar os cerca de 8 mil profissionais que trabalham com carroças e
carrinhos na Capital, a serviços de triagem da coleta seletiva. A medida que
causou indignação entre a população que explorava os animais, fez um estudo e
constatou que matéria-prima para acolher a mão de obra nos galpões de
reciclagem não faltava. A cada dia, segundo o DMLU (Departamento Municipal de
Limpeza Urbana), Porto Alegre gera 1,2 mil toneladas de resíduos. O principal
questionamento dos carroceiros era que ganhavam mais na rua do que em galpões
de reciclagem.
Por Janaína
Fernandes, ANDA ( foto: divulgação PC )
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