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terça-feira, 16 de maio de 2017

Cavalos explorados e maltratados são resgatados em Porto Alegre (RS)


Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Porto Alegre (RS), chamada de Operação Puro Sangue, resgatou quatro cavalos vítimas de maus-tratos e exploração por pessoas que os faziam carregar cargas. De acordo com a polícia o caso ocorreu em um estabelecimento comercial no bairro Anchieta localizado na divisa entre Canoas e Capita.
A operação que ocorreu em conjunto com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), tinha como alvo os carroceiros, denunciados por maus-tratos a cavalos, segundo a delegada Marina Goltz. “A ação buscava os carroceiros que procuram o local para recolher frutas, verduras e papelões em razão das inúmeras denúncias de maus-tratos recebidas pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema)”.
Os responsáveis pelos animais foram encaminhados ao Dema e responderão por maus-tratos contra os animais, com pena de três meses a um ano, e multa. Os carroceiros que exploravam os cavalos nas carroças, serão denunciados pelo descumprimento à lei municipal que proíbe a circulação do veículo. Já os cavalos foram encaminhados ao Abrigo de Animais da EPTC, localizado no bairro Lami, zona Sul de Porto Alegre.
A Lei das Carroças que entrou em vigor na região no dia 10 de março deste ano, foi criada a partir da estratégia de incorporar os cerca de 8 mil profissionais que trabalham com carroças e carrinhos na Capital, a serviços de triagem da coleta seletiva. A medida que causou indignação entre a população que explorava os animais, fez um estudo e constatou que matéria-prima para acolher a mão de obra nos galpões de reciclagem não faltava. A cada dia, segundo o DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), Porto Alegre gera 1,2 mil toneladas de resíduos. O principal questionamento dos carroceiros era que ganhavam mais na rua do que em galpões de reciclagem.

Por Janaína Fernandes, ANDA ( foto: divulgação PC )

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