Pages - Menu

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Cão ‘Orelha’ é encontrado por aluna e professora em Uberlândia, MG


Após 18 dias desaparecido, o cão “Orelha” foi encontrado na manhã desta quinta-feira (25) em uma faculdade particular no Bairro Gávea, em Uberlândia. O cachorro sem raça definida, que vivia no campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) sumiu no último dia 12. Na ocasião, o vigilante de uma empresa terceirizada, que presta serviço para a UFU, confessou ao G1 e ao MPMG que deixou o animal no Bairro Seringueira e que foi pago por outra pessoa para realizar o serviço.
Segundo a estudante da UFU, Ana Clara França, todos os dias ela saía junto com a professora da universidade, Ana Boneti, para procurar o cão em lugares que ele tinha sido visto. “Entramos nessa faculdade e fui até à lanchonete grudar alguns cartazes, quando ouvi a professora me gritar de longe no pátio com o Orelha no colo”, contou a Ana.
Ana disse que o cachorro atendeu o chamado do nome que lhe foi dado e que também foi reconhecido pelos machucados, agora já cicatrizados, que ele tinha quando vivia na UFU. “Nós que cuidávamos dele lá, dávamos comida, água e carinho. Reconheceria ele em qualquer lugar do mundo”, disse.
A estudante levou o cachorro para casa e realizou os primeiros cuidados. Ana comentou que agora o “Orelha” será adotado por ela e pela professora. “Ele está bem. Nós agora queremos saber o que vai acontecer com os culpados”, acrescentou.
O G1 entrou em contato com o promotor Breno Lintz, que abriu um procedimento no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para apurar o caso para saber como está o andamento da situação, porém as ligações não foram atendidas.
Orelha desaparecido
Um grupo de estudantes da UFU procurou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia 12 de maio, relatando o desaparecimento do cão que vivia no campus Umuarama. De acordo com o promotor Breno Lintz, o cachorro que atendia pelo nome de “Orelha” morava próximo ao prédio da biblioteca da universidade e era alimentado por estudantes e funcionários.
Na ocasião, o vigilante de uma empresa terceirizada que presta serviço para a UFU, confessou ao G1 e ao MPMG que deixou o cão no Bairro Seringueira e que foi pago por outra pessoa para realizar o serviço. “Algumas pessoas reclamavam que ele latia muito e que algumas vezes atrapalhava. Não fiz por mal e não quero mais envolver ninguém nisso. Eu deixei o cão no Bairro Seringueira e agora estou atrás dele 24 horas por dia. Estou assustado e com medo de perder o emprego”, relatou o homem na época, que preferiu não se identificar.
Breno Lintz também disse que notificou a empresa em que ele trabalha e que notificaria a UFU. “Representantes da empresa terceirizada serão ouvidos no dia 29 de maio. Eles não ofereceram treinamento para o colaborador. E ainda irei notificar a UFU, pois a meu ver eles também são responsáveis pelo ocorrido, pois mantêm o campus aberto quando na verdade deveriam fechar o local como recomenda o Ministério da Educação (MEC)”, explicou.
A reportagem tentou contato no dia 19 de maio por telefone com o vigilante, mas as ligações não foram atendidas. O G1 também voltou a falar com a UFU, que informou que só se pronunciaria sobre a notificação após ser acionada pelo MPMG.
Já a empresa responsável pela vigilância da universidade, TBI Segurança, disse em nota que só teria acesso ao conteúdo da denúncia e do resultado das apurações da Promotoria de Crimes Ambientais no dia 29 e maio e que só depois de conhecer os fatos se pronunciaria sobre o ocorrido, adotando as providências adequadas à situação.
Por Karla Pereira
Fonte: G1 ( foto: Ana Clara/ arquivo pessoal )


Nenhum comentário:

Postar um comentário