A assistente social
Sandra Brandão, 44, quer justiça depois de seu cachorro, Sam, ter sido morto
com um tiro pelo tenente Jesse Morais, em Pacaraima, interior de Roraima. “Meu
cachorro era como um filho para mim. Esse homem é despreparado para vestir a
farda da PM. Quero justiça, pois hoje ele fez isso com Sam e amanhã pode fazer
com qualquer pessoa”, afirmou em entrevista ao UOL. Ela fez uma denúncia contra
o tenente na Corregedoria da PM em Boa Vista.
Sandra relata que
chamou um rapaz para roçar o terreno de sua casa e, na hora de ir embora, ele
acabou deixando o portão um pouco aberto para retirar o carrinho de mão e
outros acessórios. “O Sam saiu correndo e não consegui pegá-lo. Ele então foi
até o senhor que estava com sua cadelinha e latiu na frente deles. Ele não
pensou duas vezes e atirou na boca do meu cachorro”, conta.
Segundo Sandra, seu
cachorro nunca mordeu ninguém, apesar de já ter brigado uma vez com um cão
vizinho. “Ele não era agressivo, nunca mordeu e não faz sentido essa
brutalidade que o tenente agiu”, diz.
Maria Leidiane
Gomes Carvalho, 34, servidora pública, estava fazendo uma caminhada no local
quando viu o incidente. “Achei que ele tinha sacado uma arma de borracha. Vi
que ele alega que agiu em caso de necessidade, mas eu estava lá e vi que o
cachorro nem encostou na cadela dele. Ele só latiu. Ele não tinha direito de
matar o cachorro”, conta.
Maria Leidiane é
uma das testemunhas do caso e conta que Sandra saiu correndo e gritando com o
vizinho. “Você matou o meu cachorro, ela dizia. Foi aí que cheguei mais próximo
e confirmei que o cão tinha morrido. Fiquei muito nervosa, pois foi uma
covardia efetuar um disparo no animal. Comecei a chamá-lo de covarde e ele foi
para frente da casa dele, ficou andando em círculos, ainda com a arma em punhos
e só depois entrou”, relembra.
Foi aí que a
servidora pública foi buscar ajuda na Polícia Militar para efetuassem a
ocorrência. “Já cheguei falando que um colega de farda tinha matado um cachorro
e eles ligaram para uma viatura que estava na rua ir até o local. Eles viram o
Sam no chão, colheram dados e depoimento das testemunhas e depois entraram na
casa do tenente. Minutos depois saíram, sem ele, e vieram falar que ele tinha
direito de andar armado”, fala.
Maria Leidiane
conta que leu o relatório encaminhado para a Polícia Civil e verificou que eles
não citaram testemunhas e falaram que não encontraram o tenente em casa. “Eles
alegaram que não o encontraram e, por isso, não o encaminharam para a polícia.
O que é uma mentira”, fala.
Sandra conta que o
episódio a deixou tão transtornada que ela só sabia chorar. “Não conseguia
sair, fiquei tão chocada e nervosa com o que aconteceu. Ele simplesmente matou
o meu cachorro na minha frente e da minha filha. Não fui para cima dele, pois
temia mais tragédia. Agora que está caindo a ficha”, fala.
Fonte: UOL(
foto: divulgação )
NOTA DO BLOG: um bandido manchando a farda da
pm .
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