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domingo, 19 de outubro de 2014

E os cães do Instituto Royal ?

Ocorrido na madrugada do dia 18 de Outubro de 2013 foi filmado, fotografado e noticiado pela imprensa nacional e internacional. Entretanto a grande maioria omitiu que as manifestações contra o Instituto Royal começaram muito antes, há anos, mas nunca houve o diálogo solicitado pelos ativistas, atendidos pelo Instituto Royal. Em 2012 o evento ‘Comboio pela Vida’, já conclamava as pessoas a se reunirem no dia 19 de agosto no vão do Masp, para de lá seguir para São Roque. Centenas de pessoas atenderam ao chamado dos Ativistas e dos Protetores e seguiram em carreata até o Instituto Royal e de lá denunciavam a crueldade dos testes em animais. Alguns veículos de comunicação até chegaram a noticiar o fato, que na época não gerou comoção entre as autoridades ou a população. Em 2013 o “Comboio pela Vida II’, novamente conclamou as pessoas para no dia 22 de Setembro, acompanhar a carreata. E novamente centenas de pessoas se solidarizaram com o sofrimento dos animais e seguiram até o Instituto Royal, que recebeu as reinvindicações dos ativistas. Com o passar dos dias, sem que nenhuma das reinvindicações fosse atendida, alguns ativistas resolveram se acorrentar aos portões do Instituto Royal, em pleno feriado do dia 12 de outubro de 2013. A partir dessa data a ação começou a somar forças com a movimentação organizada pelas redes sociais. O site da empresa foi derrubado por grupos como os Black Blocs e o Anonymus, e o endereço do Royal (com mapa para chegar) e outras informações que eles tentavam esconder do público, foram divulgadas. A invasão aconteceu porque os ativistas que permaneceram dia e noite a frente do portão, não estavam suportando ouvir os cães ganindo, chorando e latindo muito. Era insuportável ficar ali sem fazer nada, e a informação do que estava acontecendo foi sendo passada até chegar às redes sociais. Por volta da 1h da madrugada do dia 18 de outubro de 2013, centenas de pessoas se dirigiam ao local e ouviam os lamentos dos animais. Foi quando gritos ecoaram “ENTRAMOS, ENTRAMOS”! E todos começaram a entrar pelo buraco da cerca. Mas os canis tinham portas de alumínio e portões de ferro, que foram abertos pelos anjos mascarados: os Black Blocs, os Anonymous e o grupo do ALF (Frente de Libertação Animal). Assim que a primeira porta foi aberta, o cheiro que saiu de lá foi insuportável, um bafo fétido. Não era cheiro de canil, era um cheiro de coisa podre, um ar pesado. Algumas pessoas se afastaram, algumas vomitaram, enquanto outros organizaram uma corrente humana a fim de ser mais rápida a locomoção dos cães de dentro dos canis, algumas protetoras, alguns rapazes e os Black Blocs estourando as outras portas para que os protetores chegassem até os cães. Ao adentrar os canis, qual não foi à surpresa de ver dezenas de beagles apinhados num espaço minúsculo coberto de urina e fezes. Muitos cães. Muitos. Começamos a retirada, o plano foi: corrente humana até o topo da escada, e lá no alto as pessoas tinham que correr com os cães por uns 400 metros até chegar aos carros pra colocar os beagles em segurança. Cães assustados, paralisados de medo sendo carregados numa corrente humana até o alto da escada. Muitos cães com mutilações e feridas abertas, alguns bem inchados com cortes que sangravam. Outros com lacerações nos olhos e mucosas, alguns com muita dificuldade de locomoção, muitas fêmeas prenhas com escaras nas costas. O manejo dos cães teve que ser cuidadoso apesar de rápido, porque muitos cães choravam de dor e a maioria defecava, vomitava e urinava de puro medo. O pelo deles também se desprendia com facilidade da pele ferida. Tufos de pelo caíam pelo chão já coberto de fezes. Alguns cães eram muito pesados ou estavam muito machucados e erguê-los pra passar por cima de um dos muros do canil era muito complicado, e esse trabalho foi quase todo feito por homens, muitos deles encapuzados. Os mascarados, uns com máscaras, outros com capuzes ou lenços, saíam dos canis como todos os outros: cobertos de fezes e urina dos beagles, algumas pessoas com alguns hematomas e outros com algumas mordidas. Os maus tratos eram evidentes. Visíveis. A impressão era a de que todos aqueles cães já tinham sido usados em experimentos e, depois de usados, foram descartados numa espécie de depósito de cães Fonte: anda.jor.br ( foto: divulgação )

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