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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Gina que farejava bombas no Iraque tenta se recuperar nos EUA


Gina que farejava bombas no Iraque tenta se recuperar de trauma nos EUA
Gina, pastor alemão altamente treinada para farejar bombas com os militares, voltou para os EUA traumatizada após seis meses de guerra no Iraque. A cadela chegou ao Iraque quando tinha 2 anos, e atuou fazendo buscas de porta em porta e testemunhando todo tipo de explosões barulhentas.
Antes brincalhona, agora ela voltou para casa, nos EUA, curvada e com medo. Quando seus treinadores tentam levá-la para dentro de um prédio, ela endurece as patas e resiste. Uma vez dentro, ela coloca o rabo entre as pernas e fica se esgueirando no chão, se esconde embaixo de móveis ou em um canto para evitar as pessoas.
Um veterinário militar a diagnosticou com estresse pós-traumático --uma condição que alguns especialistas dizem que pode afetar cães, assim como humanos. "Ela mostra todos os sintomas e tem todos os sinais", disse o sargento Eric Haynes, chefe do canil na base da força aérea de Peterson. "Ela estava aterrorizada com todos."
Um ano depois, Gina se recupera. Caminhadas frequentes em meio a pessoas amigáveis e reintrodução gradual dos barulhos da vida militar ajudaram a superar seus medos, disse Haynes, que classifica o progresso da cadela como "extraordinário".
O estresse pós-traumático é comum entre americanos que voltam das guerras do Iraque e do Afeganistão, mas sua ocorrência em animais ainda não está bem definida. Alguns veterinários dizem que animais podem sofrer do mal, ou uma versão dele.
"Há um problema em cachorros que é quase o mesmo, se não o mesmo, que estresse pós-traumático em humanos", diz Nicholas Dodman, chefe do programa de comportamento animal na Escola de Medicina Veterinário de Cummings, na Universidade Tuft.
Mas alguns veterinários não gostam de usar o termo para diagnosticar animais, achando que pode humilhar soldados, diz Dodman.
Jack Saul, psicólogo na Escola de Saúde Pública Mailman, na Universidade de Colúmbia, disse que o estresse pós-traumático é um diagnóstico desenvolvido apenas por humanos, e não por cães.
Fonte: folha online

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