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sábado, 26 de setembro de 2009

Pituca é alvo de assassinos


Cadela vira alvo de atiradores na Grande Florianópolis
Sádicos. Assim veterinários e servidores públicos classificaram as pessoas que atiraram em Pituca, uma vira-lata que era tratada pelos funcionários da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. A cachorra agonizou uma noite inteira até duas funcionárias da instituição encontrarem o animal estirado na grama.

Levada às pressas ao veterinário, Pituca foi direto para a mesa de cirurgia. Exames apontaram quatro perfurações no abdômen. A forma oval das lesões reforçam que os ferimentos foram causados por tiros. O animal tinha vísceras a mostra e passou quatro horas na mesa de operação.

Pituca ainda inspira cuidados, mas está melhor. Consegue ficar em pé, ingere líquidos, pode comer comidas pastosas e até faz passeios pela vizinhança da clínica onde é tratada, em São José. A alimentação é controlada por uma zootecnista.

Não há previsão de alta. Pituca ainda tem um dreno perto das patas traseiras por causa da infecção causada pelo contato das feridas com terra e grama. Quando sair da clínica, o animal deve ser colocado para adoção.

Dois tiros atingiram a cachorra. As balas entraram pelas costas, perto do rabo, atravessaram o animal e saíram pelas mamas. O veterinário Marcelo Fricki afirmou que nenhum órgão foi afetado. Radiografias foram tiradas, mas não revelaram a presença de nenhum projétil. Por isto, fica impossível realizar o exame de balística que revelaria de qual arma partiram os disparos.

Suspeitos tiveram de entregar porte de arma

Os funcionários da cadeia informaram ouviram barulho de tiros no domingo à noite e que dois agentes prisionais atiraram em Pituca. O caso está com a corregedoria da Secretaria de Justiça e Cidadania. Também há um inquérito policial. Ambos foram obrigados a entregar os portes de arma e podem perder os revólveres se ficar comprovados que foi usada a arma cedida pelo Estado.

O diretor do Departamento de Administração Penal, Hudson Queiroz, exigiu providências rápidas e rigorosidade nas investigações. Ele classificou o episódio como um caso isolado e enfatizou que os agentes prisionais passam pela Escola Penitenciária antes de começar no trabalho. Os dois suspeitos seriam da última turma.
Fonte: diário Catarinense

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