Foto: Arquivo
pessoal
Uma cadela de oito
meses foi morta a tiros durante uma ação da Polícia Civil em uma chácara na
quadra 5 do Condomínio Privê, no Lago Norte, no Distrito Federal. O caso
ocorreu no fim da tarde de sexta-feira (15).
O morador da chácara e tutor do animal, professor
Cláudio Alvarez, afirma que os disparos foram feitos por agentes Delegacia de
Proteção ao Meio Ambiente (Dema), que estavam acompanhados de servidores do
Instituto Chico Mendes (ICMBio).
Procurada pelo G1, a Polícia Civil informou neste
sábado (16) que não vai se manifestar “antes do término das apurações sobre o
caso”. A assessoria do ICMBio ainda não se pronunciou.
Versão do tutor
Ao G1, o tutor da cadela disse que ouviu um barulho
de pessoas conversando próximo ao portão da chácara e foi verificar. Os
cachorros foram na frente. Ele afirmou que, logo em seguida, ouviu dois
disparos. Ao chegar, percebeu que a cadela Gatai estava morta.
“Era uma cachorra super mansa.
Atiraram para matar mesmo. Os dois tiros acertaram ela na orelha e no pescoço.
Só não mataram os outros dois porque eles ficaram assustados e saíram correndo.
Os policiais não apresentaram nenhum mandado de busca da Justiça”, disse
Cláudio.
Cláudio disse que o terreno está sub judice, mas
que mora há sete anos no local.
“Pago IPTU no meu nome. Os policiais
entraram por trás. Tem um portão da frente que poderiam ter vindo que a gente
abriria o portão. É abuso de autoridade. Não justifica matar um animal”, disse.
Cláudio disse que ainda no sábado (16) vai
registrar ocorrência na Corregedoria da Polícia Civil e também no Ministério
Público.
Um vídeo gravado pelo professor mostra os momentos logo após a morte da cachorra. Nas imagens, Cláudio pergunta aos policiais por que atiraram na cachorra. Já os agentes o acusaram de invadir área pública. Veja transcrição abaixo:
Cláudio: O que está acontecendo, amigo?
Policial: O
cachorro veio para cima da gente.
Cláudio: Mas
vocês entraram dentro do meu lote? Vocês mataram ele?
Policial: Esse
lote é de quem, amigo?
Cláudio: É meu!
Policial: Seu?
Cláudio: Sim,
é meu.
Policial: Isso
aqui é área pública, senhor
Cláudio: Eu
tenho, eu pago IPTU
Policial: Senhor,
isso aqui é área pública!
Por Mara Puljiz
Fonte: G1
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