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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Morador de rua mantém mais de 16 cães vivendo em sua barraca: 'O amor deles é puro e incondicional'

 

Um morador de rua de Porto Alegre (RS) resgatou três cãezinhos abandonados em um contêiner e, em julho de 2019, já possuia 17 animais sob sua tutela para cuidar todos os dias.

“O amor dos cães é puro e incondicional, o dos humanos é pretensioso”, afirma Maktub Abdalla, 63, justificando porquê ama tanto os animais.


Segundo uma reportagem realizada pela Gaúcha ZH de Porto Alegre no ano passado, Maktub mantém consigo 17 cães de vários tamanhos e idades, ele os mantêm na sua barraca e também em seu carrinho - todos são bem tratados, chegam a ter o pelo brilhoso.

Maktub vive na Rua Gaspar Martins e é conhecido em toda a região.


No ano passado, ele diz que foi até uma loja de conveniência de um posto de combustíveis para comprar uma caixa de leite para três cachorrinhos que havia acabado de salvar.

“Estava caminhando e ouvi o choro fino de cachorro, desses pequeninhos, saindo de dentro de um contêiner. Decidi revirar as sacolas e encontrei essas três. Elas iam morrer trituradas por um caminhão”, relatou.

Os cachorrinhos chorosos foram colocados no carrinho de Maktub e levados até sua barraca, juntando-se a outros 14 cães.

Para o morador de rua, os animais são seus melhores e mais fiéis amigos, estando sempre ao seu lado.

“A gente se esquenta junto. Às vezes, eles estão com pulga e com sarna, e eu também. Brinco que a gente forma uma banda de música, cada um toca um instrumento por causa da coceira. Mas só eu falo, então sou o vocalista”, brinca.

Moradores e comerciantes da região ajudam Maktub com doações para alimentar, vacinar e medicar todos os seus animais.

O homem conta que veio da Síria quando era apenas uma criança (tinha 8 anos) e, na juventude, formou-se em Engenharia Agrônoma. Trabalhou e teve cinco filhos.

Há alguns anos, um desentendimento na família teria o feito ir para a rua. “Sou feliz assim. Às vezes, minhas filhas me procuram”, disse.

“Algumas pessoas me tratam como louco, mendigo. Não tenho condições de passar segunda impressão. É a primeira impressão que fica: de um velho barbudo, que fede a cachorro. Posso ser louco, mas um louco consciente. Sou feliz fazendo o bem. Tem muita gente pelo mal por aí”, afirmou.

Para Maktub, ao contrário de muita gente cheia por fora e vazia por dentro, os cachorros que o acompanha são íntegros e possuem sentimentos genuínos.

Fotos: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Fonte: amormeupet.org

 

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