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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Funcionário de CCZ é flagrado ao jogar cão agonizando no lixo em MG



O servidor público Isaías Profeta, que trabalha no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Santana do Paraíso, em Minas Gerais, foi flagrado na última quinta-feira (30) por uma moradora da cidade no momento em que jogou um cachorro vivo, que agonizava, em um monte de lixo que seria recolhido pelo caminhão de coleta de resíduos urbanos. O animal estava dentro de um saco plástico. Outros dois cães, já mortos, também foram jogados no lixo por Isaías.
 “Eu estava no ponto de ônibus conversando com minha tia, quando vi um funcionário, com o uniforme do governo, jogar duas sacolas de lixo fora. Isso por volta das 10h40 da manhã. Depois disso, eu falei com a minha tia que estava ouvindo um cachorro chorando, nós fomos ver nas sacolas de lixo que o funcionário da prefeitura havia jogado fora, de onde vinha o barulho, e encontramos dois cachorros mortos e um outro agonizando dentro da sacola”, revelou a mulher, que preferiu não ser identificada.
Isaías se manifestou sobre o caso e confirmou que o cachorro foi jogado no lixo ainda vivo. “Depois de cerca de 30 minutos após o procedimento de sacrifício, nós ensacolamos os cachorros e eu os coloquei em uma bicicleta de carga e fui ao encontro do caminhão. Chegando perto de um posto de gasolina, tinha um monte de lixo onde o caminhão ia pegar, eu deixei os sacos no monte de lixo, e fui calibrar o pneu dianteiro da bicicleta. Quando voltei para vigiar o caminhão passar, uma senhorita já estava abrindo o saco para ver o que era, parece que um dos cachorros tinha dado uma mexidinha, parece que não tinha terminado de morrer ainda. Por aí começou o problema, a mulher começou agitar e chamar outras pessoas para ver. Eu ia levar os cachorros para a veterinária de volta, mas não deixaram eu pegar de volta o cachorro, comunicaram com a polícia e eu deixei a vontade deles”, disse Isaías.
As polícias Civil, Militar e de Meio Ambiente foram acionadas. No entanto, quando policiais chegaram ao local, o cão já havia morrido. Ele, assim como os outros dois cachorros, foram recolhidos pela Prefeitura para descarte no aterro sanitário da região. Um processo investigativo foi instaurado para apurar o caso e o servidor público poderá responder por maus-tratos a animais. As informações são do portal G1.
“Por enquanto trabalhamos com a hipótese de uma falha pessoal e pontual. Se houve determinação superior para o funcionário proceder assim, quem deu a ordem pode ser responsabilizado”, explicou o Delegado da Polícia Civil de Santana do Paraíso, Bruno Morato.
A Prefeitura de Santana do Paraíso se pronunciou sobre o ocorrido por meio de nota e afirmou que os cachorros foram recolhidos perante autorização do tutor para que fosse realizado o procedimento de sacrifício após os animais terem sido diagnosticados com leishmaniose.
“Chegaram aqui três animais que foram recolhidos na cidade. Esses animais foram sacrificados, porém, para fazer esse sacrifício, a gente faz a anestesia antes, com ketamina e xilazina e é aplicado, depois que os animais já estão anestesiados, o eutanásico. Nós fizemos a anestesia dos três animais e em sequência nós fizemos a aplicação do cloreto de potássio. A partir daí, os animais são ensacolados, de acordo com a orientação do recolhimento de lixo local, e são encaminhados ao aterro sanitário pelo caminhão que faz a coleta do lixo no Centro da cidade”, afirmou a médica veterinária do Centro de Zoonoses, Cibelle Assis.
Leishmaniose
Apesar de ter sido optado, por parte do tutor, pelo procedimento de sacrifício dos três cachorros diagnosticados com leishmaniose, a doença tem tratamento e o animal contaminado tem toda condição de viver com qualidade de vida sem colocar outros em risco – já que a leishmaniose é transmitida apenas pelo mosquito palha infectado.
O medicamento indicado para o tratamento da doença é o Milteforan, da empresa Virbac. “O remédio tem como princípio ativo a miltefosina, que atua na membrana do parasita, ocasionando sua morte e evitando sua replicação. Além disso, a substância também funciona como imunomodulador, proporcionando ao paciente em tratamento a resposta imune desejada para o controle da doença”, explicou Larissa Benetolo, médica veterinária e promotora técnica de prescrição da Virbac.
Fonte: anda.jor.br ( foto: divulgação )

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