Por Bárbara Alcântara,
ANDA
Uma cafeteria em Istambul, maior
cidade da Turquia, era famosa por oferecer aos seus clientes não apenas café,
chá e narguilé, mas também a opção de
assistir a animais selvagens presos em gaiolas para entreter os clientes.
Depois de muita pressão de organizações e ativistas pelos direitos animais, o
local foi fechado pelas autoridades do país, de acordo com informações da
Federação de Direitos dos Animais da Turquia (HAYTAP, da sigla turca).
Reprodução | Hurryet Daily News
Entre os animais explorados estava um
leão de cerca de um ano de idade, que ficava “exposto” ao público, em uma área
estreita e vazia atrás de uma parede de vidro. Havia também um crocodilo,
cavalos e pássaros exóticos no local. O enclausuramento de animais selvagens
traz grandes consequências, tanto físicas quanto psicológicas. Mantê-los
fechados, sem acesso à natureza e a outros animais da mesma espécie, é
torturante e cruel.
As autoridades locais foram
notificadas após diversas reações na internet e, a par dos abusos cometidos
contra os animais, os funcionários da Diretoria de Proteção da Natureza e
Parques Nacionais em Istambul inspecionaram a cafeteria.
A princípio, o relatório foi positivo
para os donos da empresa. Os profissionais disseram que o estabelecimento tinha
todas as licenças necessárias para manter os animais naquela situação
degradante em que se encontravam. Mas quando a notícia chegou aos ativistas,
ela não foi bem recebida. Eles logo se uniram e começaram uma campanha online,
com o intuito de fechar de vez o local.
Foram necessários apenas dois dias
para considerar a movimentação bem sucedida: no dia 4 de julho as autoridades
visitaram o café, e no dia 6 a HAYTAP anunciou que “a licença
concedida ao ‘Mevzoo’ foi cancelada. Foi dado hoje pelo Gabinete do Governador
de Istambul o aviso oficial para fechar o café, após a aplicação sensata do
Ministério Florestal “. O grupo comemorou o resultado final, e agradeceu às
autoridades turcas pelo posicionamento no caso.
Casos como esse servem como um
estímulo para que cada vez mais pessoas se unam para lutar pelas causas em que
acreditam. Pode até parecer que a pressão popular, principalmente a online, não
tenha grandes resultados, mas os ativistas de Istambul (e de outras regiões do
mundo) acreditaram que juntos poderiam lutar pelo bem-estar destes animais.
Que o exemplo seja seguido por mais
lugares. Animais não são objetos e não devem ser explorados e torturados por
circos, zoológicos, restaurantes ou quaisquer outros locais que os mantenham
aprisionados para mero entretenimento público. Eles têm o direito de viver uma
vida em liberdade, agindo conforme seus instintos naturais.
Fonte: anda.jor.br
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