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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Pressão de ativistas fecha cafeteria turca que explorava animais presos em jaulas


Por Bárbara Alcântara, ANDA
Uma cafeteria em Istambul, maior cidade da Turquia, era famosa por oferecer aos seus clientes não apenas café, chá e narguilé, mas também a opção de assistir a animais selvagens presos em gaiolas para entreter os clientes. Depois de muita pressão de organizações e ativistas pelos direitos animais, o local foi fechado pelas autoridades do país, de acordo com informações da Federação de Direitos dos Animais da Turquia (HAYTAP, da sigla turca).

Reprodução | Hurryet Daily News
Entre os animais explorados estava um leão de cerca de um ano de idade, que ficava “exposto” ao público, em uma área estreita e vazia atrás de uma parede de vidro. Havia também um crocodilo, cavalos e pássaros exóticos no local. O enclausuramento de animais selvagens traz grandes consequências, tanto físicas quanto psicológicas. Mantê-los fechados, sem acesso à natureza e a outros animais da mesma espécie, é torturante e cruel.
As autoridades locais foram notificadas após diversas reações na internet e, a par dos abusos cometidos contra os animais, os funcionários da Diretoria de Proteção da Natureza e Parques Nacionais em Istambul inspecionaram a cafeteria.
A princípio, o relatório foi positivo para os donos da empresa. Os profissionais disseram que o estabelecimento tinha todas as licenças necessárias para manter os animais naquela situação degradante em que se encontravam. Mas quando a notícia chegou aos ativistas, ela não foi bem recebida. Eles logo se uniram e começaram uma campanha online, com o intuito de fechar de vez o local.
Foram necessários apenas dois dias para considerar a movimentação bem sucedida: no dia 4 de julho as autoridades visitaram o café, e no dia 6 a HAYTAP anunciou que “a licença concedida ao ‘Mevzoo’ foi cancelada. Foi dado hoje pelo Gabinete do Governador de Istambul o aviso oficial para fechar o café, após a aplicação sensata do Ministério Florestal “. O grupo comemorou o resultado final, e agradeceu às autoridades turcas pelo posicionamento no caso.
Casos como esse servem como um estímulo para que cada vez mais pessoas se unam para lutar pelas causas em que acreditam. Pode até parecer que a pressão popular, principalmente a online, não tenha grandes resultados, mas os ativistas de Istambul (e de outras regiões do mundo) acreditaram que juntos poderiam lutar pelo bem-estar destes animais.
Que o exemplo seja seguido por mais lugares. Animais não são objetos e não devem ser explorados e torturados por circos, zoológicos, restaurantes ou quaisquer outros locais que os mantenham aprisionados para mero entretenimento público. Eles têm o direito de viver uma vida em liberdade, agindo conforme seus instintos naturais.
Fonte: anda.jor.br

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