Segundo Secretaria de Saúde, animal
era agressivo e não poderia ter sido entregue para adoção. OAB afirma que
deveriam ter sido esperados 90 dias antes da eutanásia.
O cachorro que mordeu uma bebê de 1 ano no colo da
avó ficou dez dias em observação no Centro de Zoonoses de Goiânia e foi
sacrificado, na quinta-feira (5). Segundo a
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou à TV Anhanguera, o animal não
apresentou sintomas de raiva, mas era muito agressivo e não poderia ter sido
passado para adoção. Já a comissão que defende direitos dos animais da Ordem
dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), afirma que tempo mínimo antes que
ele fosse sacrificado seria de 90 dias.
A menina foi mordida no último dia 19 de junho, na
Vila Maria Luíza, em Goiânia. Ela foi levada para o Hospital de Urgências Governador
Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde está internada na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) Pediátrica em estado regular, consciente e respirando
espontaneamente. A avó da garota estava com ela no colo no momento do acidente
e contou à Polícia Civil que não sabe o que levou o cão a atacar a neta, já que
ele sempre foi um animal dócil.
O cão que a mordeu foi levado para o Centro de
Zoonoses no dia do acidente, conforme protocolo estabelecido pela SMS para
controle da raiva. Ao liberar o animal, o dono autorizou a eutanásia e
sinalizou que não tinha interesse em ter o cachorro de volta, conforme
documento obtido pela TV Anhanguera.
A veterinária responsável, Catarina Rates, disse
que o bicho precisou ser sacrificado porque, mesmo sem apresentar sintomas de
raiva, era muito agressivo e poderia colocar outras pessoas em risco.
“Quando é um animal agressivo que pode ser cuidado
por um adestrador, nós só doamos para adestradores. No caso desse animal ele
era extremamente agressivo. Existia um risco. Se existe o risco, nós não vamos
doar animal que pode agredir novas pessoas”, disse.
No entanto, a advogada Pauliane Rodrigues
Mascarenhas, presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB-GO,
avaliou que o animal deveria ter tido mais tempo. Segundo ela, a legislação
estadual determina que ele fique disponível para adoção por ao menos 90 dias e,
somente se não for levado por nenhuma família após esse período é que pode ser
sacrificado.
Por Vanessa Martins, G1 GO
Fonte: G1( foto: internet )
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